Lucas Abreu: Associação dos Pintores com a Boca e os Pés (APBP)

Lucas Figueiredo de Abreu

Artista plástico 🎨👣 e palestrante.

Nascido em 25/04/1986 em Varginha – MG sem os braços. Começou a rabiscar papel e escrever com os pés por incentivo de sua mãe e sua irmã, que colocava o lápis no meio de seus dedos. Desde pequeno, sempre foi fascinado por pintura, desenho e música. Além de pintar, também se dedica a tocar sua gaita.

Estilo de pintura: Com o pé
Técnica: Acrílica
Título da obra: “O guardião da floresta”

APBP Brasil
Arte
A APBP é parte de uma associação internacional de artistas que, devido à sua deficiência física, pintam belas obras de arte com a boca ou os pés.

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Na casa de Edna…

Recebi uma grata lembrança: Fotos de quadros meus presenteados há tempos à amiga Edna Vieira de Carvalho.

Vejam o que ela comenta: “Querido Eduardo, quero retribuir com o envio de fotos de duas obras suas que você me presenteou há anos. Talvez você não tenha fotos delas porque à época não tínhamos a facilidade de fotografar com o celular… Este (primeiro) não tem data, mas foi o primeiro presente… Este (segundo) está datado e assinado. É de 1999… Acho que ambos são da época que você era aluno do Sarubbi, certo? O fato é que ambos foram criados antes do João nascer…”.

Jerônimo Miranda, o popular “Dr.”

Fotografias praieiras: “Praia de Lagoa do Pau, em Coruripe das Alagoas” e “Não há nada que me acalme mais do que a brisa da praia e a vastidão do mar”.

Luiz Jerônimo Camelo Cabral, mais conhecido com Jerônimo Miranda, o popular “Dr.”, nasceu no dia 26 de janeiro de 1961 na cidade de Atalaia, Alagoas. Filho de Jerônimo Lopes de Miranda Cabral e Fernanda Camelo Cabral. Estudou o primário e ginásio em sua terra natal. Em Satuba fez o curso técnico de agropecuária. Em Maceió, no CESMAC, o Curso de Educação Artística (1986 – incompleto). Iniciou-se na produção artística realizando arranjos florais, com pintura à mão.

Artista plástico, autodidata, pesquisador, colecionador e marchand. Reside na cidade de Maceió desde 1989, onde veio a experimentar diversas técnicas do fazer artístico, tendo se concentrado nos últimos anos na pintura e na tapeçaria. Executa tapeçaria cuidadosa, prescindindo nos mais diversos materiais, com a consciência daquilo que expressa, mas sem perder o vigor na espontaneidade com que se mistura elementos cotidianos como um espelho, miçangas, cacos de vidro e uma calça jeans bordados lado a lado. Formado em agropecuária onde aprendeu a amar e respeitar a natureza, fonte de suas inspirações. Viveu e conviveu com o povo, desenvolvendo o gosto apurado pela arte de raiz.

Pinta e borda… Seus estandartes estão expostos no Museu Afrobrasil em São Paulo sob a curadoria de Emanuel Araújo. Além de exposições individuais e coletivas em Alagoas e alguns estados do Brasil, como na Bienal Naïfs de Piracicaba por duas vezes. Expondo tanto a pintura, como sua tapeçaria. Expôs na Espanha por três vezes sob a curadoria de Emanuel Araújo e a Galeria Estação de São Paulo.

Exposição individuais: 1982: Casa de Cultura de Atalaia; 1987: Casa de Cultura de Atalaia; 1991: Shopping Iguatemi e Unique Decorações; 1992: Produban – Agência Farol e Maceió Mar Hotel; 1994: Galeria Karandash; 1996: Secretaria da Cultura ( SP); Casa de Cultura Tomás Antônio Gonzaga, Ouro Preto (MG). Coletivas: 1990: II Art Nor, Sebrae; 1991: Casa de Cultura de Atalaia; 1995: Galeria Karandash ; INFOL – Maceió, onde criou a marca do Congresso e Promoções; Viva O Nordeste do Brasil; 2000: Porto Seguro – 500 Anos do Brasil; 2002: Arte Popular. Coleção Tânia de Maia Pedrosa, Museu Théo Brandão.

Como pesquisador da arte do homem do povo, descobriu e propagou vários artistas alagoanos nas principais galerias e Museus que dizem respeito a vertente popular. Interagiu e trocou conhecimentos com grandes intelectuais da cultura popular do Brasil, como : Joseph Baccaro, Janete Costa, Carlos Augusto Lyra, Lurdinha Vasconcelos, Tânia Pedrosa, Roberto Rugiero, Vilma Eid, Edna Matosinho de Pontes, Angela Mascelani, Guy Van de Beuque, etc.

Ele tem um estandarte exposto na coleção do Instituto Carlos Augusto Lira em Recife – PE sob a curadoria da antropóloga do Museu do Homem do Nordeste Ciema Silva de Melo.

Ele escreve: “Sou atalaiense radicado em Maceió, desde 1989, quando fui bruscamente surpreendido pelo transborno das Águas do Rio Paraíba do Meio. Sou ribeirinha, transborno das águas do Rio Paraíba do meio da cidade de Atalaia das Alagoas do Nordeste do Brasil, sou mistura das lagoas Mundaú e Manguaba, desemboquei no Atlântico das Alagoas onde aqui na Bela Maceió, capital das Alagoas entre troncos e barrancos, mesmo remando contra as ondas finquei minhas raízes… Aqui fiz meu ninho, virei pássaro!!!“

“O amor próprio é o principal condutor da felicidade!
Você quer, eu quero.
Estamos pintando a felicidade.”

Jerônimo Miranda

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Definição de arte popular

Costuma-se chamar “arte popular” a produção de pinturas, esculturas em madeira e modelagens em barro feitas por artistas autodidatas. São pessoas que sem jamais terem frequentado escolas de arte, criam obras com uma estética diversa da chamada “arte erudita” e que têm reconhecido valor artístico.

Seus autores são gente do povo, isto é, pessoas com poucos recursos econômicos, que vivem no interior do país ou na periferia dos grandes centros urbanos. Para eles, a arte é uma forma de reinterpretar o mundo à sua maneira e significa, antes de tudo, trabalho – é um saber fazer próprio e original.

Apesar de fortemente enraizada na cultura e no modo de viver das pequenas comunidades nas quais tem origem, a arte popular exprime o ponto de vista de indivíduos cujas experiências de vida são únicas. Apresenta os principais temas da vida social e do imaginário — seja por meio da criação de seres fantásticos ou de simples cenas do cotidiano — numa linguagem em que o bom humor, a perspicácia e a determinação têm lugar de destaque. Talvez venha daí seu forte poder de comunicação, que ultrapassa as fronteiras de estilos de vida, situação socioeconômica e visão de mundo, interessando a todos de maneira indistinta.

Fabio Magalhães e Edna Matosinho de Pontes

O rio

Ser como o rio que deflui
Silencioso dentro da noite.
Não temer as trevas da noite.
Se há estrelas nos céus, refleti-las.

E se os céus se pejam de nuvens,
Como o rio as nuvens são água,
Refleti-las também sem mágoa
Nas profundidades tranquilas.

Manuel Bandeira (Recife, 19 de abril de 1886 — Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968), in “Belo, Belo”, Petrópolis, 1948