Galvão Pretto: Comentário sobre “Cidade pandêmica – O trem da vida”

“Esta instalação começa no momento da crise pandêmica, pois com o isolamento, nas horas disponíveis em meio as tarefas de trabalho, e após perceber o longo tempo nessa situação mundial, começa a surgir uma preocupação com o ambiente social e o transcurso vulnerável da vida humana diante destes fatos adversos.

Nas encomendas por e-commerce, chegam as caixas de papelão com os diversos produtos solicitados. E também a construção dessa proposta com esculturas-objetos, se assim podemos dizer. Considerando a questão universal como um círculo, que nos liga mundialmente, em função das tecnologias, e a vida um movimento constante, “O trem da vida” faz o papel dessa ligação por diversas regiões mundiais que viajei no ano de 2019, ao circular nessa cidade.

Temos os prédios como seus moradores a olhar pelas janelas, a verem noticiais na TV, vemos os prédios da fábrica fechados pelo mundo afora, uma mesquita de Marrakech vazia também fechada, uma arquitetura do colonial portuguesa com suas janelas cerradas, o colonial brasileiro também isolado, a entrada do circo sem espetáculo, sendo o único lugar aberto numa confraternização da angustia, um boteco com seus músicos e um pagode rolando.”

Galvão Pretto

Cidade pandêmica – O trem da vida
Papelão de caixa de e-commerce. Cola de silicone, cola de PVA, papel de embrulho, policromada com tinta acrílica em base branca. Trem elétrico movido a bateria
Campo Grande – MS

Artista indicado para o blog por Gejo, O Maldito, que comenta que esse artista foi o responsável pela sua ida e entrada no Mato Grosso do Sul, onde desenvolveu uma carreira.

Museu Imperial e a tragédia em Petrópolis

“Muita gente tem me procurado para saber se as fortes chuvas que caíram sobre Petrópolis abalaram o museu e destruíram o acervo. O patrimônio histórico é muito importante, e não tiro o mérito da preocupação de ninguém quanto a isso. Pelo contrário, que bom que o brasileiro está se preocupando com a sua história e a materialidade dela. Mas, se o prédio do Museu Imperial e seu acervo estão bem, não podemos dizer o mesmo a respeito das pessoas que fazem ele funcionar, das que limpam, conservam, abrem, atendem, trabalham na administração e em outros postos. Muitos funcionários perderam, além de suas casas e tudo que havia nelas, os seus bem mais preciosos: os seus familiares.

Pensando nessas pessoas que fazem o Museu, fonte principal de muitas das minhas obras, eu, com apoio e colaboração da minha editora, a LeYa Brasil, resolvemos ajudá-las, e vocês também poderão colaborar. Eu vou vender, autografados, ao custo de R$ 30,00, com frete grátis para todo o Brasil, 20 exemplares de cada um dos seguintes livros: D. Pedro, D. Pedro II, D. Leopoldina, Titília e o Demonão, Os últimos czares, Mulheres do Brasil, O pássaro de fogo e Princesinhas e Principezinhos do Brasil. Todo o valor adquirido será revertido para os funcionários do Museu Imperial que sofreram perdas com as chuvas de 15 de fevereiro.

Os interessados em adquirir e dessa forma ajudar esses funcionários devem entrem em contato pelo e-mail canalpaulorezzutti@gmail.com, informando qual(is) livro(s) desejam e para quem deve(m) ser dedicada(s) a(s) obra(s), bem como o endereço de envio.

Agradecemos a todos que puderem ajudar.”

Paulo Rezzutti, escritor, biógrafo e pesquisador, tem compartilhado sua experiência no Museu Imperial.

Museu Imperial
Direção: Maurício Vicente Ferreira Júnior
Coordenação Técnica: Claudia Maria Souza Costa
Coordenação Administrativa: Isabela Neves de Souza Carreiro
Rua da Imperatriz, 220 – Centro, Petrópolis – RJ, CEP: 25610-320
Telefone: (24) 2233-0300
mimp.faleconosco@museus.gov.br

Alex Cerveny: Trabalhos recentes e agenda próxima

O artista me escreveu hoje pelo WhatsApp: “Olá Matosinho! Aqui tudo bem, muito trabalho, anota aí: dia 12 de março começa a Bienal de Sydney, participo com duas telas inéditas que falam sobre a água e sobre o aquífero Guarani. No fim de maio eu participo de uma coletiva da fundação Cartier em Milão, junto com a Triennalle [Museu localizado no Parco Sempione, Milão]. (…) Abraço grande”

Alex Cerveny

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Alexandre Filho: Serigrafia e A tela dos anjos

Manoel Alexandre Filho nasceu na cidade de Bananeiras – PB em 11 de julho de 1932, onde trabalhou na lavoura junto a seu pai até os 17 anos, mas desenha desde criança. A cidade interiorana é um elemento que se transcende em suas obras, marcadas por elementos característicos do campo de onde veio, com muitos animais, plantas e os famosos cajus, típicos da região.

Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1964, quando começou a pintar autodidaticamente. Em 1966 participou do XV Salão Nacional de Arte Moderna, do Rio de Janeiro, e a partir daí seus quadros passaram a ser difundidos e colecionados em todo o mundo. Alcançando sucesso internacional, expôs em grandes cidades como Madri, Paris, Bruxelas, Londres, Los Angeles, Berlim, Dallas, Lisboa, Cidade do México, Nice, Abuja, Nápoles e Montevidéu.

Sua obra foi inovadora para seu tempo. Alexandre filho foi um dos percursores do estilo naïf no Brasil, o primeiro a pintar dessa maneira e em pouco tempo foram surgindo outros artistas com o trabalho parecido com o seu. A arte naïf, também conhecida como arte primitiva contemporânea, é uma vertente livre de convenções, o artista não tem a obrigação de seguir regras ou técnicas estabelecidas para a pintura.

O nome e a biografia de Alexandre Filho são citados em 21 livros que versam sobre as artes plásticas no Brasil e no mundo, a exemplo do Dicionário de artes plásticas do Brasil– Roberto Pontual (Ed. Civilização Brasileira), Aspectos da pintura primitiva brasileira, de Flávio de Aquino e Geraldo de Andrade (Ed. Spalla – RJ), Dicionário de pinturas naïfs do mundo (Anatole Jakvsk – Suíça), Mito e magia das cores – Pintura neo primitiva (Napoli/ Itália), Dicionário de artes plásticas do Brasil (José Roberto Teixeira Leite) e Superstock fine art catalog – da Flórida, Estados Unidos – catálogo com grandes artistas mundiais, como Leonardo da Vinci e Boticelli. Alexandre Filho é o único representante brasileiro citado no livro com sua obra intitulada “Lúcifer”.

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Ney Tecidio: Friburgo e A dança das flores

Ney Tecidio

“Quando se fala em impressionismo nos vêm logo à memória o nome do grande mestre Ney Tecidio, ele nasceu na cidade do Rio de Janeiro no ano de 1929, foi discípulo de Rodolfo Chambelland e Mário Machado Portella, e membro da Academia Brasileira de Belas artes, sua determinação aliada ao comprometimento é amor à arte de pintar somados à sua intimidade com as cores, pincéis e espátulas lhe renderam uma brilhante carreira da qual colheu diversas medalhas de prata, ouro e bronze, além de prêmios de viagem ao Brasil e exterior, durante sua carreira que permanece com o mesmo fervor, realizou diversas mostras individuais no Brasil e no exterior além de dezenas de participações em salões e mostra a coletivas. Seu trabalho figura em coleções particulares no Brasil e no exterior a saber: França, Estados Unidos, Rússia, Canadá, Alemanha, Suissa, Espanha, Portugal, Israel, Japão, Bélgica, Austrália, Inglaterra, Itália, Polônia, Argentina e Peru. O Banco do Brasil possui em seu acervo diversas obras do artista, que foram distribuídas em agências e superintendências do banco no exterior a sabe: Antofagasta – Chile, Atlanta – USA, Cento- Washington USA, Dakar – Senegal, Europa – Luxemburgo, Houston – USA, Libreville – Gabão, Londres – Inglaterra, Miami – USA, Paris – França, Valência – Espanha. Vários críticos discorreram sobre a obra, o talento e carreira de Ney Tecidio, destacou aqui três deles.”

João Medeiros – Artista plástico, escritor e crítico de arte

“A cor em liberdade, Ney Tecidio expõe em sua pintura uma ciência estragada da floração impressionista. As paisagens comparecem com um mosaico exuberante de cores, mas sem a fragmentação que caracterizava a escola no seu período fundamental, na sua busca de esplendor solar. Em nosso pintor as cores exercem uma liberdade que as converte, não raro, em .manchas valendo por si mesmas, sem uma preocupação mais rigorosa de fidelidade, às formas da natureza. Podemos falar de um discreto tachismo que nos estudos atinge uma pureza admirável. É como se o branco, o amarelo, o laranja ao mesmo tempo revelassem flores (o tema) e existissem por si mesmos, numa alegre rebeldia anti- fotográfica (o quadro).”

José Paulo Moreira da Fonseca – Artista plástico, poeta, ensaísta e diplomata brasileiro

“No uso da espátula, desde que vimos observando o múltiplo fenômeno do ofício de pintor, a presença de Ney Tecidio é exemplar e destacada… Em seu processo artesanal a espátula é quase exclusiva. Mostra-se jovem e agressiva, revela aquela natureza de moldagem que aproximara o gesto e o ímpeto mais da intenção escultórica do que da pintura. O gesto espontâneo e rápido manejo da espátula como uma espada, cortando o espaço, sugerindo formas, lançando a matéria e automaticamente controlando os seus excessos quase que como desenhando…”

Walmir Ayala – Escritor, poeta, ensaísta e crítico de arte

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ntecidio@gmail.com

Para informações sobre o artista, carreira e obras: Luiz Carlos da Costa Paula (costapaulaartes@gmail.com e WhatsApp (21) 9 9140-9641).

Luiz Tananduba: Nossa Senhora de Fátima e Sítio Vale Verde

Luiz Tananduba nasceu em 12 de agosto de 1972 na cidade de Caiçara, interior da Paraíba. Começou a pintar em 1985, com orientação do artista plástico Alexandre Filho, seu pai adotivo, com quem desenvolveu uma pintura de forte expressividade, estruturando uma temática com expressão para o homem do campo.

Ele é um grande exemplo de arte intrínseca. Seu dom corre em suas veias; e sua forma, de ver e narrar o mundo, transborda os limites de suas telas. Sua longínqua carreira teve início quando ele ainda era uma criança. Aos dez anos já tinha a vontade, aos quinze teve a certeza. Com dezoito anos, a primeira exposição: “Paixão de Cristo em outdoor”, que movimentou o Parque Sólon de Lucena no início dos anos 90. Premiado, o artista plástico de 50 anos acumula prêmios e exposições. Desde 1985 assina as suas obras, sendo o ano de 1991 o início de sua coroação, pois no mesmo ano, veio o seu primeiro salão e consequentemente o seu primeiro prêmio – ambos na quinta edição do SAMAP (Salão Municipal de Artes Plásticas). No ano seguinte, no mesmo evento, uma bancada com grandes nomes das artes plásticas brasileiras (Heitor Reis, Chico Liberato e Raul Córdula, por exemplo), o premiou com o título de artista do ano, em 1992. Integrante de cinquenta e duas exposições coletivas, também foi premiado na Bienal de Pequenos Formatos do SESC, em 2010. Além disso, foi escolhido para ilustrar a capa do livro “Tribulaciones de una hormiga” (2013), da autora argentina Maria Isabel Saavedra.

Seu nome e sua obra serviram de fonte e inspiração para o livro “Arte popular brasileira” (2009), o resultado de uma parceria entre Editora Decor e o Ministério da Cultura. Outra edição do livro está prevista para ser lançada no próximo ano. Dar as informações, os dados da carreira etc. são uma parte da ação. Compreender a profundidade do trabalho de Luiz Tananduba vai muito mais a fundo, pois, a Arte naïf, a qual emprega, traz alma e vida em cores e traços. Sua essência está ali, bem aos nossos olhos. A simbologia de cada quadro e sua representação semiótica vão diretamente ao choque, da vida e do verdadeiro eu. Sua forma de ver e narrar o mundo, encantam. Esse é Tananduba, um poeta nas palavras e um gênio na pintura.

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luiztanandubaarte@gmail.com
WhatsApp: (83) 9 9174-8888

Berenic Bere: Pássaros na floresta e Paraíso tropical

Berenic, Artista plástica e poeta

Sua relação com a arte vem desde criança. Começa a expor suas obras em 1977, participou de inúmeras exposições de arte no Brasil e exterior, sendo inclusive premiada em diversos salões nacionais e internacionais de arte. Autodidata, suas obras fazem parte do acervo de galerias e museus, dentre estes o Museu Internacional de Arte Naïf e Museu Nacional de Belas Artes e em coleções particulares no Brasil, França, Canadá, México, Itália, Japão e Estados Unidos.

Conta com projetos aprovados pelo Ministério da Cultura e Secretaria de Estado. Tem formação em arterapia, sem exercer função. Fez cursos de “Análise e crítica da obra de arte”, “Para entender o contemporâneo” e “História da arte”. Ilustrou com imagem de suas obras livros de arte, didáticos, políticos e revistas de poesia, capas de tele-listas de vários Estados, cartões de telefone, agendas da Caixa Econômica Federal e estampou tecido da coleção “Outono x Inverno” da grife de moda Balneare, que foi lançada na Rio Fashion Business 2012.

Suas obras participaram do cenário da novela “Avenida Brasil” exibida pela TV Globo em 130 países. Berenic trabalhou durante 7 anos, como prestadora nas produções de arte e adereços para novelas e os diversos programas da Rede Globo de Televisão. Sua temática preferida é voltada à cultura indígena e a diversidade da Amazônia, pinta também sobre os pontos turísticos do Rio de Janeiro e as diversas modalidades de esporte olímpico.

Contatos:
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artenaifberenicbere@gmail.com
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Obs: Pintora naïf indicada para o blog por Luiz Carlos da Costa Paula (costapaulaartes@gmail.com).

Thomas Kahlau: Associação dos Pintores com a Boca e os Pés (APBP)

Thomas Kahlau

Um acidente de natação ocorrido em 1976 causou a paralisia deste artista alemão, nascido em 1961. Desde 1978, utiliza a boca para realizar tarefas diárias e para pintar. Suas obras, feitas em óleo ou acrílico, podem ser admiradas em exposições nacionais e internacionais. Thomas Kahlau é o autor de um livro autobiográfico, ‘La force en moi’.

Estilo de pintura: Com a boca
Técnica: Acrílica

APBP Brasil
Arte
A APBP é parte de uma associação internacional de artistas que, devido à sua deficiência física, pintam belas obras de arte com a boca ou os pés.

Contatos:
APBP – Rua Tuim, 426 – Moema – São Paulo/ SP – CEP: 04514-101
(11) 5053-5100
apbp@apbp.com.br
https://apbp.com.br/home

Sandra Martinelli: Do Palmares para o mundo

Sandra Martinelli

Artista plástica residente em São Paulo. Estudou comigo no Colégio Palmares.

Conhecida por suas obras com pinturas, esculturas, desenhos, animação, música, se destacando suas obras com arame, formando flores, animais, retratos, poemas e letras de músicas.

Começou sua carreira como fotógrafa, evoluiu para o vídeo, depois escultura em metal e pedra, desenho, animação, pintura, performance e costura.

Contatos:
www.facebook.com/sandra.martinelli.3532
www.instagram.com/sandra.trabalhos
sandraarte@gmail.com
https://ateliersandramartinelli.blogspot.com