“Esta instalação começa no momento da crise pandêmica, pois com o isolamento, nas horas disponíveis em meio as tarefas de trabalho, e após perceber o longo tempo nessa situação mundial, começa a surgir uma preocupação com o ambiente social e o transcurso vulnerável da vida humana diante destes fatos adversos.
Nas encomendas por e-commerce, chegam as caixas de papelão com os diversos produtos solicitados. E também a construção dessa proposta com esculturas-objetos, se assim podemos dizer. Considerando a questão universal como um círculo, que nos liga mundialmente, em função das tecnologias, e a vida um movimento constante, “O trem da vida” faz o papel dessa ligação por diversas regiões mundiais que viajei no ano de 2019, ao circular nessa cidade.
Temos os prédios como seus moradores a olhar pelas janelas, a verem noticiais na TV, vemos os prédios da fábrica fechados pelo mundo afora, uma mesquita de Marrakech vazia também fechada, uma arquitetura do colonial portuguesa com suas janelas cerradas, o colonial brasileiro também isolado, a entrada do circo sem espetáculo, sendo o único lugar aberto numa confraternização da angustia, um boteco com seus músicos e um pagode rolando.”
Galvão Pretto
Cidade pandêmica – O trem da vida
Papelão de caixa de e-commerce. Cola de silicone, cola de PVA, papel de embrulho, policromada com tinta acrílica em base branca. Trem elétrico movido a bateria
Campo Grande – MS
Artista indicado para o blog por Gejo, O Maldito, que comenta que esse artista foi o responsável pela sua ida e entrada no Mato Grosso do Sul, onde desenvolveu uma carreira.
Maravilha Edu.
Muito boa leitura.
Valew.
Gostei muito!