As 8 mulheres de Pablo Picasso e seus retratos: Fernande Olivier, Eva Gouel, Olga Khokhlova, Marie-Thérèse Walter, Dora Maar, Françoise Gilot, Geneviève Laporte e Jacqueline Roque.
Eu Me Ensinei. Narrativas da criatividade popular brasileira
Em ‘Eu me ensinei’, os artistas são todos autodidatas, mestres de um saber primoroso e intuitivo. A mais pura arte popular brasileira. Escrito com base em mais de cem entrevistas com artistas populares feitas ao longo de anos. Percorrendo diferentes estados brasileiros coletando documentação fotográfica, este livro é um panorama animador que mostra que a arte popular está viva e em constante renovação.
Edna Matosinho de Pontes (Autora)
Amazon.com, Inc. (Texto acima da divulgação feita por eles)
Esse livro pode ser solicitado por e-mail (galeria@galeriapontes.com.br) ou por telefone (11 3129-4218 ou 11 9 9781-4370 – WhatsApp).
Transparente
Com sua luz querida
Com sua luz querida
o sol clareia do dia,
e o poder do espírito,
que brilha em minha alma,
dá força aos meus membros.
No brilho da luz do sol, oh Deus,
venero a força humana
que tu, bondosamente,
plantaste em minha alma.
Para que eu possa estar
ansioso em trabalhar.
Para que eu possa ter
desejo de aprender.
De Ti, vem luz e força.
Para Ti refluem
amor e gratidão.
Rudolf Steiner (Kraljevec, fronteira austro-húngara, 27 de fevereiro de 1861 — Dornach, Suíça, 30 de março de 1925)
Nú no buraco da cerca
Coco de Pagu
Pagu tem os olhos moles
uns olhos de fazer doer.
Bate-côco quando passa.
Coração pega a bater.
Eh Pagu eh!
Dói porque é bom de fazer doer.
Passa e me puxa com os olhos
provocantissimamente.
Mexe-mexe bamboleia
pra mexer com toda a gente.
Eli Pagu eh!
Dói porque é bom de fazer doer.
Toda a gente fica olhando
o seu corpinho de vai-e-vem
umbilical e molengo
de não-sei-o-que-é-que-tem.
Eh Pagu eh!
Dói porque é bom de fazer doer.
Quero porque te quero
Nas formas do bem-querer.
Querzinho de ficar junto
que é bom de fazer doer.
Eh Pagu eh!
Dói porque é bom de fazer doer.
Raul Bopp (Vila Pinhal, atual Itaara – RS, 4 de agosto de 1898 — Rio de Janeiro – RJ, 2 de junho de 1984)
Mesa com garrafa e pilha de livros
Quando escutei o culto astrônomo
Quando escutei o culto astrônomo,
Quando provas, figuras, em colunas frente a mim foram içadas,
Quando se me mostraram cartas, diagramas, que somasse, dividisse, mensurasse,
Quando escutei, sentado, lecionar o astrônomo entre mil aplausos, na sala de aulas,
Quanto me não senti, breve, enfarado e febril,
‘Té que, por conta própria, levantei-me e fui, meti-me
Na umidade mística do ar da noite, e, de tempo em tempo,
Tudo em silêncio: eu contemplava estrelas.
Walt Whitman (Huntington, Virgínia Ocidental, 31 de maio de 1819 – Camden, Nova Jérsei, 26 de março de 1892). Tradução dedicada a Tamara Martinez
Novidade: Ainda restam alguns poucos exemplares…
“Eu me ensinei: Narrativas da criatividade popular brasileira”
Autora: Edna Matosinho de Pontes
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À moda de estatuetas
Agora ar é ar e coisa é coisa: traço
agora ar é ar e coisa é coisa: traço
nenhum da terra celestial seduz
nossos olhos sem ênfase onde luz
a verdade magnífica do espaço.
Montanhas são montanhas; céus são céus –
e uma tal liberdade nos aquece
que é como se o universo uno, sem véus,
total, de nós (somente nós) viesse
– sim; como se, despertas do torpor
do verão, nossas almas mergulhassem
no branco sono onde se irá depor
toda a curiosidade deste mundo
(com júbilo de amor) imortal e a coragem
de receber do tempo o sonho mais profundo
E. E. Cummings, (Cambridge, Massachusetts, 14 de outubro de 1894 — North Conway, Nova Hampshire, 3 de setembro de 1962). Tradução: Augusto de Campos (São Paulo, 14 de fevereiro de 1931)