Continua em Brasília a exposição “A arte do povo brasileiro”

Essa parceria da Pé Palito Antiquário & Arte e da Galeria Pontes, com a curadoria de Bené Fonteles e de Edna Matosinho de Pontes, continua acontecendo em Brasília, agora com preços promocionais. Venha conhecer!
Local: Pé Palito Antiquário & Arte
SHIN CA 4 – Shopping Iguatemi, Loja 143 – Lago Norte
Brasília – DF
CEP: 71503-504
Entrada franca

Em destaque: Bichos esculpidos em madeira por Antonio de Dedé, Casal montado no boi esculpido em cerâmica por Manuel Eudócio, Animais esculpidos em madeira por Oziel, Onças esculpidas em madeira pela Família Marinheira, Paca esculpida em madeira por Roberto Almeida e Maracatu esculpido em cerâmica por Manuel Eudócio.

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Do Facebook de Rogério Marcondes Machado

(na livraria)
“Seja como flor”,
novo livro do Roberto Schwarz,
me enganei, é simplesmente,
“Seja como for”

Rogério Marcondes Machado nasceu em 21 de outubro de 1963, é arquiteto formado pela FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo) e trabalha na empresa Amado e Marcondes Arquitetos Associados. Estudou no Colégio Palmares (colegial) e mora em São Paulo.

Contatos:
www.facebook.com/rogerio.marcondes
www.instagram.com/rogeriomarcondesmachado
rogerio@amadomarcondes.com

Alex Cerveny: Lançamento do livro “Todos os lugares”

“☝️Minhas viagens, em texto e imagem. Lançamento quinta-feira, 16/ janeiro das 16 às 20h”. Alex Cerveny

Casa Triângulo: Rua Estados Unidos, 1.324 / Jardins
CEP: 01427-001 / São Paulo
info@casatriangulo.com

Alex Cerveny

Nasceu em São Paulo, Brasil, 1963.
Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.

Educação
Formação independente.
Desenho e pintura com Valdir Sarubbi [1978-1982].
Gravura em metal e técnicas de impressão com Selma Daffrè [1982-1986].
Curso livre de litografia com Odair Magalhães, Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP [1982].

Veja mais: https://www.casatriangulo.com/

Psicologia da composição: Hoje, dia em que o poeta completaria 100 anos

I

Saio de meu poema
como quem lava as mãos.

Algumas conchas tornaram-se,
que o sol da atenção
cristalizou; alguma palavra
que desabrochei, como a um pássaro.

Talvez alguma concha
dessas (ou pássaro) lembre,
côncava, o corpo do gesto
extinto que o ar preencheu;

talvez, como a camisa
vazia, que despi.

II

Esta folha branca
me proscreve o sonho,
me inicia ao verso
nítido e preciso.

Eu me refugio
nesta praia pura
onde nada existe
em que a noite pouse.

Como não há noite
cessa toda fonte;
como não há fonte
cessa toda fuga;

como não há fuga
nada lembra o fluir
de meu tempo, ao vento
que nele sopra o tempo.

III

Neste papel
pode teu sal
virar cinza;

pode o limão
virar pedra;
o sol da pele,
o trigo do corpo
virar cinza

(Teme, por isso,
a jovem manhã
sobre as flores
da véspera.)

Neste papel
logo fenecem
as roxas, mornas
flores morais;
todas as fluidas
flores da pressa;
todas as úmidas
flores do sonho.

(Espera, por isso,
que a jovem manhã
te venha revelar
as flores da véspera.)

IV

O poema, com seus cavalos,
quer explodir
teu tempo claro; romper
seu branco fio, seu cimento
mudo e fresco.

(O descuido ficara aberto
de par em par;
um sonho passou, deixando
fiapos, logo árvores instantâneas
coagulando a preguiça.)

V

Vivo com certas palavras,
abelhas domésticas.

Do dia aberto
(branco guarda-sol)
esses lúcidos fusos retiram
o fio de mel
(do dia que abriu
também como flor)

que na noite
(poço onde vai tombar
a aérea flor)
persistirá: louro
sabor, e ácido,
contra o açúcar do podre.

VI

Não a forma encontrada
como uma concha, perdida
nos frouxos areais
como cabelos;

não a forma obtida
em lance santo ou raro,
tiro nas lebres de vidro
do invisível;

mas a forma atingida
como o ponto do novelo
que a atenção, lenta,
desenrola,

aranha; como o mais extremo
desse fio frágil, que se rompe
ao peso, sempre, das mãos
enormes.

VII

É mineral o papel
onde escrever
o verso; o verso
que é possível não fazer.

São minerais
as flores e as plantas,
as frutas, os bichos
quando em estado de palavra.

É mineral
a linha do horizonte,
nossos nomes, essas coisas
feitas de palavras.

É mineral, por fim,
qualquer livro:
que é mineral a palavra
escrita, a fria natureza

da palavra escrita.

VIII

Cultivar o deserto
como um pomar às avessas.

(A árvore destila
a terra, gota a gota;
a terra completa
cai fruto!

Enquanto na ordem
de outro pomar
a atenção destila
palavras maduras.)

Cultivar o deserto
como um pomar às avessas:

então, nada mais
destila; evapora;
onde foi maça
resta uma fome;

onde foi palavra
(potros ou touros
contidos) resta a severa
forma do vazio.

João Cabral de Melo Neto (Recife, 9 de janeiro de 1920 — Rio de Janeiro, 9 de outubro de 1999). Em “Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século”. Editora Objetiva. 2001

Convite para a exposição “Infinito particular” da Artista Josy Mendonça

A Galeria M Depósito de Arte convida para o universo da exposição “Infinito particular” da Artista Josy Mendonça, sua coleção de cerâmicas à 4 mãos. Trabalho único de personalidade forte e ao mesmo tempo delicado. Que utiliza a renda irlandesa de Divina Pastora/ SE, que é um Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.

Data: 23 de janeiro de 2020. Das 17 às 22 horas
Período: 23/01 a 14/03

Local: “Nossa Casa” na Rua Itapirapuã, 240 – Jardim América – São Paulo/ SP

Curador: Marcos Marcelo
Expografia: Wesley Lemos
R.S.V.P. – (79) 9 8808-9888