Ourinhos: a memória nas ruas da cidade (Trecho que fala da rua em que nasci)

Legenda das fotos:

1) O asfalto acaba, mas a rua Padre Rui Cândido da Silva continua.
2) Padre Rui, o segundo da esquerda para a direita.

“Quem anda pela vila Odilon com certeza conhece a Rua Padre Rui Cândido da Silva, que atravessa praticamente todo o bairro e termina no rio. Antes de receber o nome do religioso muito estimado pelos moradores do bairro, aquela rua chamava-se Paranapanema, mas alguns a conheciam como “rua da balsa”, numa alusão à balsa que fazia a travessia do rio.

“Era uma estrada boiadeira, naquela época o gado era tocado no chão, não havia transporte em caminhão como é hoje”, conta Carlos Fantinatti, que vive no bairro desde que nasceu, há 73 anos.

Padre Rui nasceu no interior de Minas Gerais, e nos dez anos em que atuou como pároco da Igreja Santo Antônio, na vila Odilon, trabalhou para o crescimento de sua igreja. Era comum que visitasse moradores em suas casas para prestar assistência religiosa ou aconselhamentos, mas também intermediou pedidos da população para que o bairro recebesse melhorias. Padre Rui morreu em junho de 1973.”

Fonte: Jornal Biz – Séries 100 anos Ourinhos

Obs.: O Jornal Biz é o primeiro Portal de Conteúdo de Ourinhos e região.

Matéria enviada pelo primo Flávio Eduardo Devienne Ferreira por WhatsApp

Autor: ematosinho

Eduardo Matosinho é economista e sociólogo com bacharelado pela Universidade de São Paulo (USP). Tem 59 anos e é casado com Luiza Maria da Silva Matosinho e com ela tem um filho de nome João Alexandre da Silva Matosinho. Trabalha atualmente na Galeria Pontes (https://www.galeriapontes.com.br/), onde já está há 17 anos.

Um comentário em “Ourinhos: a memória nas ruas da cidade (Trecho que fala da rua em que nasci)”

  1. O encanto de ser padre
    Henriqueto Dealis

    “… Foi para lá (Vila Odilon) um padre, um sacerdote humilde, de cor preta, um autêntico servo de Deus com a pureza tranquila de quem só tem a consciência que sua condição deve ser evangelizar…

    … Padre Ruy, o amado padre Ruy, que passou a ser ídolo da localidade, em pouco tempo, com sua doçura nazarena, com a coragem da inocência conseguiu não só dominar mas transformar a antiga situação da Vila como lhe deu uma vivência que só tem repetido naquelas aldeias de bucólicas expressão em que o padre é o prefeito, o médico, o confessor, o governo espiritual de todas as criaturas.

    … “Padre Ruy adoeceu”. … Abalado por uma comoção cardíaca o moreno da paróquia, o novo Categeró havia estado ausente no hospital em São Paulo… Agora a notícia é de que padre Ruy voltara. No dia de Santo Antônio ele se reintegraria na sua Vila usando a nova saúde que Deus lhe confirmara.

    … Mas o que me deslumbrou e que me fez dar a esta crônica o título de “o encanto de ser padre”, é a revelação autêntica desse encanto que transparecia não só da fisionomia do Padre que voltava ao seu rebanho, como dos rostos de todos aqueles que tinham no coração escrita uma só reafirmação de alegria: “Padre Ruy voltou”… uma menina correndo para o Padre dizia: “Padre Ruy que bom o senhor ter voltado! Olha, até os cachorros estão alegres!”

    … Padre Ruy Cândido da Silva, vigário da Vila Odilon, evangelizador e apóstolo, é um verdadeiro modelo daquilo que o Cristo um dia designou e apontou através de sua doutrina. Amai-vos uns aos outros, pretos e brancos, ovelhas e pastores para assentarem sobre a terra o ideal que a fé consolida e perpétua”.

    Rezemos pela alma do bondoso Pe. Ruy

    * 24/07/1923 + 19/06/1973

    Fotos de Ourinhos (Museu virtual)
    https://www.facebook.com/photo/?fbid=7567482656639928&set=g.297199200451007

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