Grande leilão de arte e antiguidade – Acervos e coleções particulares

LEILÃO 14987

Com participação de obras da Galeria Pontes

EXPOSIÇÃO APENAS ONLINE

LEILÃO
Dias 15, 16, 17 e 18 de Junho de 2020

Segunda a quinta-feira às 20h30

LEILÃO APENAS ONLINE E TELEFONE

LEILOEIRA
Flavia Cardoso Soares – JUCESP Nº 948

LOCAL
Escritório de Artes Miguel Salles

Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1935 – Jardim Paulistano – São Paulo

Informações: (11) 3063-5404 / (11) 2579-6076
WhatsApp: (11) 9 6847-9328 / (11) 9 8136-3652

Na foto: Lote 106 – Cicero Dias (Pernambuco, Brasil, 1907 – França, 2003). “Casario em Olinda”. Óleo sobre tela. 60 x 73 cm. Acid e datado 1970. Participou com destaque da exposição “Brasilidade e Modernismo” ocorrida na Dan Galeria em 2010 (confira no link https://www.band.uol.com.br/m/conteudo.asp?id=100000373491&programa=cultura).

Catálogo disponível: Clique aqui

Gravuras em metal de Arnaldo Battaglini

“Em 1983 e 1984 recém chegado da Inglaterra , eu estava focado no desenho, gravura e aquarela , continuando a pesquisa que iniciei em 1981 onde me interessei por fazer analogias poéticas entre detalhes do corpo humano e formas da natureza como conchas, nuvens e montanhas . Na mostra individual que realizei na Galeria Paulo Figueiredo em São Paulo, em outubro de 1982, apresentei uma seleção destas gravuras e aquarelas .

Minha pesquisa seguiu nesta direção por algum tempo mas aos poucos meu interesse passou a se voltar exclusivamente para a figura humana.

Esta série de desenhos realizados entre 1983 e 1985 foram realizados em colaboração com o bailarino e modelo Celso Nogueira. Meu novo interesse nesta série foi trabalhar não só o corpo humano em movimento como testar os limites da minha percepção e representação da figura humana.

Eu buscava me afastar de uma descrição realista do assunto, tal qual vinha trabalhando nos anos anteriores. Queria ganhar liberdade no gesto e na utilização exclusiva da linha como registro gráfico puro e essencial reunindo nela a síntese entre o bidimensional e o tridimensional aliando a expressão do corpo humano, sua potência de sensualidade, movimento e pulsação. No inicio desta série, mantive a fidelidade à forma e junto a ela a liberdade em sobrepor as figura em movimentos sucessivos, o que trouxe uma nova liberdade nas composições com transparência e leveza .

No decorrer destes 3 anos passei a solicitar movimentos em “câmera lenta” do modelo trazendo a mim mesmo maiores desafios aos desenhos rápidos, com gestualidade acentuada e gradual afastamento de detalhamentos do corpo, me concentrando nos eixos que mais definiam aquelas presenças corpóreas traduzidas em grafismo em forma de ritmo.

O resultado deste trabalho que reuniu dezenas e dezenas de desenhos foi apresentado na mostra “Desenhos”, realizada no Paço das Artes na gestão de Alberto Beutenmuller em julho de 1985 .

A mostra contou com a crítica publicada de Radhá Abramo na Folha Ilustrada e de Alberto Beuttenmuller na revista Visão durante o período da mostra.”

Texto do artista Arnaldo Battaglini (abril 2020)

Essas obras encontram-se disponíveis na galeria Gravura Brasileira.

Contatos:

contato@gravurabrasileira.com
Fone: (11) 3624-0301
WhatsApp: (11) 9 8258-9842
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José Carlos: Depois do escuro e Homenagem à liberdade

José Carlos Bacelar Viana

Nascido na cidade de Recife, iniciou no mundo das artes logo cedo. Quando criança, respirava arte por todos os cantos; dentro de casa, no ateliê de seu pai e por muitos os lugares que frequentou em razão do estilo de vida da família. Sua maior diversão sempre foi desenhar e observar todas aquelas obras de arte que lhe cercavam. Mais tarde, no ano de 2014, passou a desenvolver as suas pesquisas e passear por diferentes técnicas de pintura, até que as cores o encontraram e os traços desconsertados começaram a dar vida as suas primeiras obras. Com toda a certeza, a sua maior referência era o seu pai, em todos os sentidos. Porém, em algum momento se libertou daqueles velhos personagens da nudez e dos “narigões”. Foi quando iniciou a sua própria identidade e hoje podemos considerar que o estilo Pop e suas cores vibrantes não deixam de estar presente em suas obras. Em 2018 realizou a sua primeira exposição coletiva no Nannai Resort e em 2019 a sua primeira Solo no espaço CDC no Poço da Panela.

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WhatsApp: (81) 9 9841-0902

Luis Antonelli: Flores trazendo luz para a quarentena e Antúrios e seus detalhes

Luis Antonelli

Nascido em 2 de Setembro de 1956, na cidade de Resende, Rio de Janeiro. Interessou-se pelas artes desde jovem através de seu contato com o Museu de Arte Moderna de Resende. Buscou o aprofundamento das suas técnicas e linguagem artística participando de cursos realizados em Resende, e, em seguida cursou a graduação em Arquitetura e Urbanismo, na Faculdade de Arquitetura de Barra do Piraí, tendo sido diplomado em 1982. Com sua transferência para o Rio de Janeiro, seguiu especializando-se tendo a oportunidade de participar de cursos na Escola de Belas Artes e no Parque Lage. Ao longo de toda a sua vida profissional esteve próximo das artes, tendo percorrido os seus 31 anos de carreira como arquiteto museógrafo do Museu Histórico Nacional, realizando montagem de exposições permanentes e temporárias. Possui um atelier em Itaipava, distrito de Petrópolis, Rio de Janeiro, desde o ano de 1996, onde realiza
aprofundamento e desenvolvido novas temáticas e técnicas de representação artística.

Contatos:
www.facebook.com/antonelli.atelierdoartista
www.instagram.com/antonelli.atelierdoartista
antonelli.lacerda@gmail.com

O Jaguadarte

Era briluz.
As lesmolisas touvas roldavam e reviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.
“Foge do Jaguadarte, o que não morre!
Garra que agarra, bocarra que urra!
Foge da ave Fefel, meu filho, e corre
Do frumioso Babassura!”
Ele arrancou sua espada vorpal e foi atras do inimigo do Homundo.
Na árvore Tamtam ele afinal
Parou, um dia, sonilundo.
E enquanto estava em sussustada sesta,
Chegou o Jaguadarte, olho de fogo,
Sorrelfiflando atraves da floresta,
E borbulia um riso louco!
Um dois! Um, dois! Sua espada mavorta
Vai-vem, vem-vai, para tras, para diante!
Cabeca fere, corta e, fera morta,
Ei-lo que volta galunfante.
“Pois entao tu mataste o Jaguadarte!
Vem aos meus braços, homenino meu!
Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte!”
Ele se ria jubileu. Era briluz.
As lesmolisas touvas
Roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.

Charles Lutwidge Dodgson, mais conhecido pelo seu pseudônimo Lewis Carroll (Daresbury, Inglaterra, 27 de janeiro de 1832 — Guildford, Inglaterra, 14 de Janeiro de 1898). Tradução do “Jabberwacky” por Augusto de Campos

Disquisição na insônia

Que é loucura; ser cavaleiro andante
Ou segui-lo como escudeiro?
De nós dois, quem o louco verdadeiro?
O que, acordado, sonha doidamente?
O que, mesmo vendado,
Vê o real e segue o sonho
De um doido pelas bruxas embruxado?
Eis-me, talvez, o único maluco,
E me sabendo tal, sem grão de siso,
Sou – que doideira – um louco de juízo.

Carlos Drummond de Andrade (Itabira, Minas Gerais, 31 de outubro de 1902 — Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987). Poema sobre Dom Quixote