Ourinhos: a memória nas ruas da cidade (Trecho que fala da rua em que nasci)

Legenda das fotos:

1) O asfalto acaba, mas a rua Padre Rui Cândido da Silva continua.
2) Padre Rui, o segundo da esquerda para a direita.

“Quem anda pela vila Odilon com certeza conhece a Rua Padre Rui Cândido da Silva, que atravessa praticamente todo o bairro e termina no rio. Antes de receber o nome do religioso muito estimado pelos moradores do bairro, aquela rua chamava-se Paranapanema, mas alguns a conheciam como “rua da balsa”, numa alusão à balsa que fazia a travessia do rio.

“Era uma estrada boiadeira, naquela época o gado era tocado no chão, não havia transporte em caminhão como é hoje”, conta Carlos Fantinatti, que vive no bairro desde que nasceu, há 73 anos.

Padre Rui nasceu no interior de Minas Gerais, e nos dez anos em que atuou como pároco da Igreja Santo Antônio, na vila Odilon, trabalhou para o crescimento de sua igreja. Era comum que visitasse moradores em suas casas para prestar assistência religiosa ou aconselhamentos, mas também intermediou pedidos da população para que o bairro recebesse melhorias. Padre Rui morreu em junho de 1973.”

Fonte: Jornal Biz – Séries 100 anos Ourinhos

Obs.: O Jornal Biz é o primeiro Portal de Conteúdo de Ourinhos e região.

Matéria enviada pelo primo Flávio Eduardo Devienne Ferreira por WhatsApp

Adriano Figueiredo Ferreira: Fora do eixo (Monocromática e Peixes)

Adriano Figueiredo Ferreira

Conheça o trabalho de Adriano Figueiredo Ferreira, o artista matogrossense nascido na capital que tem como fundamento de sua arte as curvas e se utiliza de movimentos sinuosos para contar histórias. Com exposições importantes em Cuiabá, ganhou notoriedade ao extrapolar os limites de seu estado, expôs em Portugal onde fez residência de 28 dias, participou de duas coletivas em Miami, no lendário bairro Windwood, pelo Sesc expôs em Cuiabá e Rondonópolis e em São Paulo na Art Lab Galery. Artista selecionado no Salão Jovem Arte Matogrossense e para o Amazônia das Artes 2020, onde sua exposição “Convertendo em Curvas” vai circular por três estados brasileiros.

Inquietação e experimentação são suas características, assim se utiliza de diversos materiais e suportes para suas obras, faz intervenções frequentes pela cidade. Como arte educador faz oficinas com crianças e hoje é responsável pelo curso de desenho e pintura no Sesc Arsenal. Em suas séries se destacam a Religiosa, Sotaque do Mato, Convertendo em Curvas e AFTER. Atualmente trabalha na Série Força Primal e Deusas Brasileiras! Com obras espalhadas por quase todos os estados brasileiros e algumas partes do mundo, Adriano Figueiredo Ferreira se consolida como um representante de Mato Grosso na arte brasileira.

Contatos:
http://adrianofigueiredoferreira.blogspot.com/
www.facebook.com/adriano.figueiredoferreira
fortferreira@hotmail.com
WhatsApp: (65) 9 9999-6560

Novas produções de Laércio Moraes

Laércio Moraes (Lalá) está com 55 anos, cursou desenho artístico e publicitário na década dos anos 80, hoje reutiliza várias técnicas, já participou em exposições no grande ABC e estudou na Fundação das Artes de São Caetano do Sul-SP em 2018.

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Arte do sul do Brasil: Adroaldo Selistre

Adroaldo Selistre

Mora em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Pintor machiaiollo, segundo prêmio em Firenze, Itália (2005). Faz da figura humana seu desafio e prazer pictórico. Defensor da arte-ofício, feita à mão, que não precisa ser bela, porém jamais deve ser estéril por mais efêmera que seja. Vive e trabalha para o mundo na aldeia mais multifacetada do sul do Brasil.

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As cores de Ilhéus na obra de Goca Moreno: Carnaval!, Cores embaraçadas e Mata atlântica

Goca Moreno

Escultor e pintor baiano de Ilhéus que mantém o Espaço Goca Moreno. Estudou na instituição de ensino Escola de Belas Artes – UFBA.

“Nascido e criado na cidade baiana de Ilhéus em uma família de artistas, Jorge Octavio Alves Moreno Filho cultivou um sonho desde menino: mostrar sua obra para o maior número possível de pessoas e ser admirado por elas. Aos 57 anos, usando o nome de Goca Moreno, se tornou um dos artistas plásticos mais produtivos do Brasil.

Ele começou como gravador ainda na adolescência, criando xilogravuras. Foi incentivado a se mudar para Salvador e estudar com o escultor e pintor Mário Cravo Júnior (1923-2018), de quem se tornou discípulo. “Mário virou minha maior referência”, afirma Moreno à Istoé. “Com ele aprendi técnicas de escultura com sucata e até pintura. Mantivemos a amizade e uma parceria até poucos dias atrás, quando se foi.” Com Cravo Júnior, aprendeu a dominar várias técnicas, com igual talento, e a elaborar novas linguagens. Em 1986, voltou a Ilhéus com um diploma em Artes pela Universidade da Bahia, casou-se com Dida Moreno e se estabeleceu com uma galeria.

Goca supõe que sua obra tenha chegado a 10 mil peças — gravuras, esculturas, desenhos, telas e pinturas digitais — embora não tenha organizado um catálogo. Além disso, associou sua vasta produção e seu nome a um local específico. Assim se converteu no logotipo de Ilhéus, a terra do escritor Jorge Amado e cenário de suas histórias mais famosas.”

Leia a matéria da Revista Istoé, cujo trecho é citado acima, escrita por Luís Antônio Giron e intitulada “O mundo de Goca Moreno” clicando aqui.

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O Medo

A Antonio Candido

“Porque há para todos nós um problema sério…
Este problema é o do medo.”
(Antonio Candido, Plataforma de Uma Geração)

Em verdade temos medo.
Nascemos escuro.
As existências são poucas:
Carteiro, ditador, soldado.
Nosso destino, incompleto.

E fomos educados para o medo.
Cheiramos flores de medo.
Vestimos panos de medo.
De medo, vermelhos rios
vadeamos.

Somos apenas uns homens
e a natureza traiu-nos.
Há as árvores, as fábricas,
Doenças galopantes, fomes.

Refugiamo-nos no amor,
este célebre sentimento,
e o amor faltou: chovia,
ventava, fazia frio em São Paulo.

Fazia frio em São Paulo…
Nevava.
O medo, com sua capa,
nos dissimula e nos berça.

Fiquei com medo de ti,
meu companheiro moreno,
De nós, de vós: e de tudo.
Estou com medo da honra.

Assim nos criam burgueses,
Nosso caminho: traçado.
Por que morrer em conjunto?
E se todos nós vivêssemos?

Vem, harmonia do medo,
vem, ó terror das estradas,
susto na noite, receio
de águas poluídas. Muletas

do homem só. Ajudai-nos,
lentos poderes do láudano.
Até a canção medrosa
se parte, se transe e cala-se.

Faremos casas de medo,
duros tijolos de medo,
medrosos caules, repuxos,
ruas só de medo e calma.

E com asas de prudência,
com resplendores covardes,
atingiremos o cimo
de nossa cauta subida.

O medo, com sua física,
tanto produz: carcereiros,
edifícios, escritores,
este poema; outras vidas.

Tenhamos o maior pavor,
Os mais velhos compreendem.
O medo cristalizou-os.
Estátuas sábias, adeus.

Adeus: vamos para a frente,
recuando de olhos acesos.
Nossos filhos tão felizes…
Fiéis herdeiros do medo,

eles povoam a cidade.
Depois da cidade, o mundo.
Depois do mundo, as estrelas,
dançando o baile do medo.

Carlos Drummond de Andrade (Itabira, Minas Gerais, 31 de outubro de 1902 — Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987). In “A Rosa do Povo”. José Olympio, 1945

Crônica de Fernando Pacheco Jordão: Primeiras trivelas

Não tem coisa mais burra que o futebol: 22 marmanjos de calção correndo atrás de uma bola e se abraçando quando ela entra dentro da rede. Os meninos vão ao campo, ouvem o jogo pelo rádio e assistem na TV. Parece que não pensam em outra coisa e são incapazes de inventar, criar outras brincadeiras. Esta, em resumo, a visão que muita gente tem do futebol. Será verdade? Quando eu era menino, não era assim. Não é para me gabar, mas eu mesmo consegui ser imaginativo e criativo com o futebol. Eu tinha um time de botão composto quase todo por craques inventados. E aqui quero falar do maior ponta-direita que já vi jogar, o polonês Jerszy Gamarek Velocíssimo. Chutava de longe, um especialista em bolas de meia distância, indefensáveis. Foi o primeiro jogador que vi chutar de trivela, termo que nem existia na época. Quanto à origem dele, desconheço-a. Sem desmerecê-lo, o nome também inventei, claro: era nada mais que a marca do vaso sanitário da minha casa lida de trás para a frente: Keramag – Gamarek. Talvez isso fizesse dele um ponta tão desconcertante.

Fernando Pacheco Jordão (1937 – 2017) faleceu em São Paulo aos 80 anos. Atuou no jornalismo desde 1957, quando iniciou sua carreira na antiga Rádio Nacional, em São Paulo. Posteriormente, trabalhou como repórter, redator e editor de diversos veículos, como O Estado de S. Paulo, TV Excelsior, BBC de Londres, TV Globo, TV Cultura de São Paulo, revistas IstoÉ e Veja. Como consultor e assessor político atuou nas campanhas dos governadores Mário Covas e Geraldo Alckmin. Dirigente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo na época do assassinato de Vladimir Herzog, Fernando escreveu o livro “Dossiê Herzog – Prisão, Tortura e Morte no Brasil”, que já está na sexta edição e constitui documento fundamental para a História do Brasil. Foi sócio-diretor da FPJ – Fato, Pesquisa e Jornalismo. Hoje é patrono do “Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão”, realizado pelo Instituto Vladimir Herzog desde 2009 e que já está em sua 11ª edição.

Viva o Dia do Índio

Desenho de Daniel Gisé

Ele é quadrinhista, ilustrador e web designer.

Formado em Artes plásticas pela UNESP (2005). Estudou história em quadrinhos no Estúdio Pinheiros (1992-93) , desenho e pintura no ateliê do artista Valdir Sarubbi (1996-2000) e história da arte no ateliê de Rubens Matuck (1998).

Começou como ilustrador assistente no Studio Gizé de 1996 a 1998. Publicou ilustrações nas revistas Caros Amigos, Recreio e Aventuras na História. Colaborou com a revista de histórias em quadrinhos Sociedade Radioativa (1999-2008). Criou o site ‘thedoorscomics.com’ (2003) onde publicou histórias em quadrinhos de humor sobre a banda The Doors, sendo publicadas também como revista em formato de bolso em 2007. Em 2011 publicou a HQ ‘Desvio’ no livro ‘1001-1’ pela Editora Barba Negra / Leya. Desde 2009 ministra oficinas de histórias em quadrinhos e dá aulas de desenho.

Contatos:
https://www.facebook.com/daniel.gise
Instagram: @danielgise
danielgise@gmail.com