Em comemoração aos 2 anos da publicação do livro “Cartas da alteridade” selecionamos um novo poema em versão bilíngue para brindar essa data. Leiam:
Vermelho Campari
uma tarde de domingo, tantos anos e ainda agora
cigarros acesos, cinzeiros cheios, fazia sol lá fora
assim, bem triviais, ríamos tal qual deuses imortais
Campari com limão e o gelo resta inteiro no copo
o mar que se vê pela janela traz as mesmas ondas
o termômetro na calçada ainda marca os 37 graus
o vermelho do copo ilumina este tempo indiferente
assim será no ontem e neste silêncio aqui presente
Rojo Campari
una tarde de domingo, tantos años y aún ahora
cigarrillos prendidos, ceniceros llenos, afuera hacia sol
así, bien triviales, nos reíamos tal cual dioses inmortales
Campari con limón, el hielo sigue entero en el vaso
el mar que se ve por la ventana repite las mismas olas
el termômetro en la vereda aún marca 37 grados
el rojo del vaso ilumina al tiempo rojo indiferente
asi será en el ayer y en este silencio aqui presente
“Cartas da Alteridade” (Selo Demônio Negro, 2020), neste post com a tradução para o castelhano de Douglas Diegues.
Sobre autor
Edney Cielici Dias, poeta devotado ao ofício da palavra, é doutor em ciência política, economista, jornalista e editor.
Selo Demônio Negro
R$ 60,00
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www.facebook.com/cartasdaalteridade