Liberdade

Hoje me peguei pensando nas borboletas e logo fiz uma rápida pesquisa das que existiam no Brasil e pela foto pude ver a beleza delas. Uma dessas logo me trouxe lembrança a “Morpho Azul”. Quando era adolescente ouvi uma reportagem sobre essa borboleta e guardei na memória o desejo de conhecê-la. Um certo dia, com idas ao sítio eu a conheci pessoalmente e logo veio o encanto e a alegria de ver essa espécie. E outra memória me veio de outro dia no mesmo sítio na qual vi uma lagarta rastejando apressada e eu a peguei e coloquei em um pote de margarina e não demorou muito para ela se dependurar e no dia seguinte virar um casulo. Trouxe ela para minha casa em São Paulo no intuito de consegui ver a borboleta que sairia dali. Passado o ciclo essa borboleta apareceu, mas não tive a oportunidade de vê-la. Porque o meu esposo e o meu filho que conseguiram vê-la soltaram no jardim. Depois dessa memória fiquei a meditar e eu em que estágio estaria da metamorfose? Pensei um pouco e pensei novamente que a lagarta não pensava em que estágio estava ela e só viveu cada estágio. Primeiro na natureza, segundo em um pote de margarina e em terceiro a borboleta voou o seu destino e não fiquei sabendo. E Agora volto a mim e penso se já passei pelos estágios. Só me resta saber se ainda estou em um borboletário e se sim vou aproveitar e explorar esse espaço e adquirir experiências para quando ele se abrir e eu consiga viver fora dele.

(07/11/21)

Luiza Matosinho – Pedagoga formada pela PUC-SP em 2007 e professora na educação infantil da Faces Ensino Bilíngue.

Autor: ematosinho

Eduardo Matosinho é economista e sociólogo com bacharelado pela Universidade de São Paulo (USP). Tem 60 anos e é casado com Luiza Maria da Silva Matosinho e com ela tem um filho de nome João Alexandre da Silva Matosinho. Trabalha atualmente na Galeria Pontes (https://www.galeriapontes.com.br/), onde já está há 17 anos.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *