Ourinhos: 100 anos

Em 13 de dezembro de 2018 minha cidade natal comemorou seu centenário. O atual prefeito Lucas Pocay Alves da Silva proporcionou um vasto calendário de eventos em comemoração ao aniversário da cidade.

Ourinhos faz parte de um conjunto de municípios marcados pela fase econômica que se iniciou com o avanço do café para as novas terras de florestas derrubadas, na região às margens do Rio Paranapanema, pouco conhecidas nos primeiros anos do século passado. Com a presença de um elemento novo – o colono italiano – conseguiu-se uma rápida ocupação da terra, com a predominância da monocultura (café e algodão), integrando-se na vida econômica do Estado.

Hoje com uma população de quase 113 mil habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), sua história mostra que o município foi emancipado de Salto Grande na década de 1910 e seu nome é uma referência ao antigo município de Ourinho, hoje Jacarezinho, no estado do Paraná. É uma das principais cidades da região e possui como principal atividade econômica o comércio. No setor da agricultura, destaca-se o cultivo da cana-de-açúcar, da soja e do milho.

O município conta ainda com uma importante tradição cultural, que vai desde o seu artesanato até o teatro, passando pela música e o pelo esporte. A cidade se destaca também em seus eventos organizados muitas vezes pela prefeitura municipal juntamente com empresas locais. Um dos principais é a Fapi (Feira Agropecuária e Industrial), que é realizada anualmente no mês de junho e é considerada como um dos maiores eventos do ramo no país.

Nasci em 1964 na Vila Odilon, o bairro das olarias. Durante muitos anos, a Vila Odilon permaneceu como um território apartado do núcleo urbano mais central da cidade, mantendo uma distinção que lhe atribuía características próprias. O eixo que norteava a vida e o trabalho naquela região era a atividade desenvolvida pelas olarias no processamento da argila retirada das barrancas do Rio Paranapanema. Todos os empreendedores desse ramo vieram atraídos pela excelência da matéria-prima encontrada em abundância às margens daquele rio, nas proximidades de onde hoje está instalado o Clube Diacuí. Esse material, conhecido como arenito de Botucatu, era ideal para a fabricação de tijolos e telhas, apresentando colorações diferentes que, misturadas, forneciam a liga ideal para o manuseio.

Fontes: Prefeitura Municipal de Ourinhos, Wikipédia, Jornal Biz e APAA (Associação Paulista dos Amigos da Arte)

Autor: ematosinho

Eduardo Matosinho é economista e sociólogo com bacharelado pela Universidade de São Paulo (USP). Tem 60 anos e é casado com Luiza Maria da Silva Matosinho e com ela tem um filho de nome João Alexandre da Silva Matosinho. Trabalha atualmente na Galeria Pontes (https://www.galeriapontes.com.br/), onde já está há 17 anos.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *