Alex Cerveny: Nasca, 2010 – Bordados sobre linho

Alexandro Júlio de Oliveira Cerveny (São Paulo, São Paulo, 1963). Desenhista, gravador, escultor, ilustrador, pintor. Estuda desenho e pintura com Valdir Sarubbi (1939-2000) e gravura em metal com Selma Daffré (1951). No início da década de 1980, leciona gravura em metal no Paço das Artes, no Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM/SP e nas Oficinas Culturais Oswald de Andrade, em São Paulo. A partir desse período produz desenhos e aquarelas de caráter predominantemente narrativo e que também apresentam referências autobiográficas, relacionadas a sua experiência anterior como artista circense. Trabalha como ilustrador em diversos livros, como “Vejam como eu sei escrever”, de José Paulo Paes (1926-1998) (Ática, 2001), e “Pindorama”, de Sandra Peres e Luiz Tatit (1951) (Cosac & Naify; Palavra Cantada, 2003), e também para o jornal Folha de S. Paulo. Seus livros mais importantes são “A origem das espécies”, Editora Ubu, “Banhei minha mãe”, com poemas do Beto Furquim, Editora Laranja Original, “Labirinto”, com poemas da Beatriz di Giorgi e “Decameron”, da Cosac no Brasil e da Libros del Zorro rojo na versão espanhola. Além disso tem seu próprio livro como escritor, “Todos os lugares”, recém lançado pela Editora Circuito.

Participa do ateliê Barro Blanco, onde produz trabalhos de cerâmica. Atua ainda em um projeto educacional da Fundação Vale do Rio Doce, ministra oficinas de cultura para professores em cidades do interior das regiões Norte e Nordeste. Sua produção como ilustrador é apresentada na mostra Desenhos de Ilustrações, realizada em 2005, na Estação Pinacoteca, em São Paulo.

Sobre as exposições, destacam-se “O glossário dos nomes próprios”, no Paço Imperial em 2011, e sua recente mostra na Triângulo, “Todos os lugares” (como o livro) e principalmente a coletiva “Nous les Arbres”, na Fundação Cartier ano passado. A fundação adquiriu três, das quatro pinturas expostas.

Análise

Alex Cerveny, desde os anos 1980, produz desenhos em que apresenta uma narrativa intimista. Inspira-se em imagens do cotidiano e em personagens extraídos da literatura e também do universo da cultura de massa. Sua obra é repleta de referências pessoais, como a sua vivência de artista circense, presente nas inúmeras figuras retorcidas e elásticas constantes em seus desenhos.

Como nota o crítico Marcelo Araújo, as imagens ingênuas provenientes de histórias em quadrinhos, misturadas a figuras de santos e anjos, encontram-se sempre em tensão com as sofisticadas texturas da aquarela e os elaborados elementos arquitetônicos que estruturam as composições.

Realiza ainda gravuras nas quais alude a um universo fantástico, em que se misturam personagens bíblicos ou mitológicos, crustáceos, torres e espaços circenses. Nelas predominam as inscrições e grafismos, associados ao trabalho cuidadoso com o claro-escuro, como na água-forte Mércúrio (1986). Entre suas obras mais recentes, encontram-se ainda esculturas de pequenas dimensões, trazendo para o tridimensional as figuras que até então povoavam sua produção gráfica.

Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural (https://enciclopedia.itaucultural.org.br), com atualizações do próprio artista

Contatos:
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www.instagram.com/alexcerveny
contato@alexcerveny.com
http://alexcerveny.com

Autor: ematosinho

Eduardo Matosinho é economista e sociólogo com bacharelado pela Universidade de São Paulo (USP). Tem 60 anos e é casado com Luiza Maria da Silva Matosinho e com ela tem um filho de nome João Alexandre da Silva Matosinho. Trabalha atualmente na Galeria Pontes (https://www.galeriapontes.com.br/), onde já está há 17 anos.

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