O Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão foi idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog, em 2009, com o objetivo de oferecer aos estudantes de jornalismo a oportunidade de desenvolverem um trabalho jornalístico prático e reflexivo desde o projeto de pauta até a realização final de uma reportagem. Tanto o processo quanto o produto são orientados por um professor da instituição de ensino do estudante e acompanhados por um jornalista mentor especialmente designado pela organização do Prêmio.
A iniciativa é uma homenagem ao jornalista Fernando Pacheco Jordão, que sempre se preocupou com o desenvolvimento dos jovens profissionais de imprensa, e a Vladimir Herzog, cuja vida foi dedicada a promover um jornalismo de qualidade, verdadeiro e, acima de tudo, responsável. Pacheco Jordão atuou na redação de importantes meios da imprensa nacional, incluindo rádios, jornais de circulação nacional e TVs. Na TV Globo, Jordão editou o Jornal Nacional em São Paulo e tornou-se diretor do Globo Repórter.
Calendário da 11ª edição do Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão
Tema: A face humana dos movimentos imigratórios e de refúgio e seus reflexos na sociedade brasileira.
Inscrições: 15 de maio a 5 de julho de 2019
Anúncio dos vencedores: 5 de agosto
Produção da matéria: agosto a outubro
Entrega da matéria: até 16 de outubro
Diplomação: 25 de outubro
Diplomação das equipes: 24 de outubro
Fernando Pacheco Jordão (1937 – 2017) começou no jornalismo em 1957, como redator e locutor de rádio-jornal, na antiga Organização Victor Costa em São Paulo, que abrangia as rádios Nacional, Excelsior e Cultura. Passou depois para a Radio Difusora, dos Diários Associados, onde foi secretário dos rádio-jornais e também locutor. Durante dois anos acumulou esse trabalho em rádio com o de copydesk no jornal O Estado de S. Paulo. Mais tarde atuou na TV Excelsior, como editor e apresentador do “Show de Notícias”, um telejornal diário que inovou o jornalismo televisivo e, em 1964, foi contratado pelo Serviço Brasileiro da BBC em Londres, onde se reencontrou profissionalmente com Vladimir Herzog, com quem havia trabalhado em O Estado de São Paulo.
Em seu regresso ao Brasil, em 1968, foi convidado a atuar na TV Cultura, onde criou o jornalismo com o programa “Foco na Noticia”, que posteriormente passou a se chamar “Hora da Noticia”. Também produziu programas didáticos, documentários e até dirigiu um teleteatro que foi premiado num festival interno. Em 1974 foi para a TV Globo, onde editou o Jornal Nacional em São Paulo e a seguir tornou-se diretor do Globo Repórter.
Diretor do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo na época do assassinato de Vladimir Herzog, escreveu o livro “Dossiê Herzog – prisão, tortura e morte no Brasil”, hoje sua sexta edição, que constitui documento fundamental para a história de nosso país.
Trabalhou na TV Globo até 1979. Depois disso ainda foi correspondente da revista IstoÉ em Londres e da Editora Abril em Paris, quando se despediu das redações, atuando a seguir como assessor de imprensa em campanhas eleitorais. Fernando faleceu em 16 de setembro de 2017.