christus ist kopie

cristo é cópia. cristo acampa
fora de si para ver, vencer, e
vê, claro, a campa onde três
dias deram-lhe imortalidade,

cópia infinita, cruzes, cruzados
de cruz-credo, os seus credores,
a quem deve o dia devolvido, a
revolver a história. cristo cansa

de acontecer [transfer calichem
istum a me], cristo de pedra-sabão,
[et super hanc petram aedificabo],
amém é não mais: cristo diz não.

Dirceu Villa (1975, São Paulo) é autor de 7 livros de poesia, MCMXCVIII (1998), Descort (2003, prêmio Nascente), Icterofagia (2008, ProAC), Transformador (antologia, 2014), speechless tribes: três séries de poemas incompreensíveis (2018), couraça (2020) e ciência nova (2022). Traduziu Um anarquista e outros contos, de Joseph Conrad (2009), Lustra, de Ezra Pound (2011), Famosa na sua cabeça, de Mairéad Byrne (2015), O chamado de Cthulhu, de H.P. Lovecraft (2020) e O Anjo Heurtebise, de Jean Cocteau (inédito). Foi convidado para os festivais de poesia de Berlim, na Alemanha (2012), Granada, na Nicarágua (2018) e Siena, na Itália (2019), além de para uma residência de tradução em Norwich e Londres (2015). Sua poesia já foi traduzida para o espanhol, o inglês, o francês, o italiano e o alemão, publicada em antologias ou revistas especializadas.

Autor: ematosinho

Eduardo Matosinho tem 61 anos, nasceu em Ourinhos - SP em 1964 e é economista e sociólogo com bacharelados pela Universidade de São Paulo (USP). É casado com Luiza Maria da Silva Matosinho e com ela tem um filho de nome João Alexandre da Silva Matosinho. Mora em São Paulo e trabalha na Galeria Pontes, dedicada à arte popular brasileira contemporânea (https://www.galeriapontes.com.br/), onde já está há 18 anos. Sempre apreciou pintar e pesquisar sobre a história da arte e seus artistas. Começou a estudar artes plásticas em sua juventude vivida em sua cidade natal com o professor Francisco Claudio Granja (1976-1978). Em São Paulo estudou desenho e pintura em cursos ministrados em um Ateliê Livre por Valdir Sarubbi (1980–1983 e 1998–2000) e pintura com Selma Daffrè (2000-2003).

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