Brilho escuro, nunca vi:
Ou será que a noite não tem brilho?
Sinto algo que tem luz, em meus olhos.
_ Talvez seja o resto da intensa iluminação da cidade morta.
Em minhas fugas pelo luar…
… Só vejo vagalumes e a sua imagem me excitando na escuridão,
Faz que eu bloqueie meus passos e sente perto de algo escuro nesta noite que não vejo.
_ O que vejo é a sua imagem tentadora, que me excita.
Algo se mexe num arbusto, nem ligo, a imagem é iluminada pela luz armazenada e você está rodando e como sempre me censurando, com isso, meu amor à desobediência reina – como é normal em todos os homens.
Nem sei o que tu me censuras, mas seja o que for não escutarei, pisarei nela e a chuparei para dentro de mim.
Jogarei-a para as profundezas da noite, e quem sabe, sozinho, pensarei na própria escuridão
Pois o resto de luz foi-se também.