É uma exposição que distribui obras de arte gratuitamente. Os locais são galerias, espaços culturais, bibliotecas, praças, parques e até estacionamentos. Através das redes sociais, os artistas são convidados a participar enviando suas obras, tamanho, tema, quantidade são livres. Artistas plásticos, pixadores, designers, escultores, gravadores, artesãos, fotógrafos… É aberto a todos artistas, de todas correntes artísticas. Em suporte ao evento, são convidados writers, DJ’S, MC’S e B.boys para se apresentarem ao vivo dando um ambiente mais original e representando as expressões artísticas da música, dança e pintura. A maioria das atrações são baseados em cultura Hip Hop, mas outras culturas são participantes dependendo da temática do evento.
Nas últimas edições foram adicionado os artistas performáticos, voltados a cenas musicais e teatrais, cada edição é adaptada para receber novos meios de fazer e mostrar arte.
Para os cineastas independentes foi criado o Cinema Marginal Brasileiro, onde são apresentados filmes independentes, e muitos do circuito underground que somente no evento as pessoas vão poder ter o privilégio de assistir, uma vez que o evento reúne muitas tribos diferentes da sociedade.
Para encurtar a barreira artista-público, alguns artistas são convidados a realizarem oficinas no evento, o público conhece mais o artista e ainda cria um laço artístico.
Cada edição, em forma de apoio ao artista que se destaca com suas obras, ajuda, e comprometimento com o movimento Free Art, é escolhido através de curadoria (dos escolhidos anteriormente) para realziar uma pocket exposição individual, no dia do evento. São chamados artistas Free Art. Após a realização da exposição, o artista transforma em um dos “curadores” da próxima escolha.
São 16 edições realizadas em São Paulo e 1 em Sorocaba, mais de 2.000 obras de mais de 120 artistas ao redor do mundo, já foram distribuídas. Se pudesse reverter em valor seria perto de 200 mil R$, algumas obras criadas exclusivamente para o evento.
O grande desafio do evento é juntar o artista e o público, achar uma pessoa que goste da obra independente do estilo, fama ou bagagem cultural de cada artista.
Dizia a grande marchand, galerista, descobridora de talentos Monica Filgueiras: “_ Você que vai viver com a obra o resto da vida, todo dia olhar para ela, então precisa se encantar com ela.”
O Free Art Fest mexeu com as barreiras sociais, levando as pessoas menos favorecidas socialmente e artisticamente as galerias, ambiente frio, fechado, aprisionador; as pessoas passaram também a dismitificar e até frequentar mais mostras de arte em galerias e em contrapartida para as galerias nesta nova mudança de postura, criou se novos colecionadores, pessoas que nunca imaginariam que poderiam comprar uma obra de arte e pôr na parede, já tinham esta opção, agora só se valia do encantamento da obra do artista e não por jogos de marketing de galerias.
Um ponto bem positivo no evento é o intercâmbio entre artistas/galerias e artista/artistas, artistas/público e galerias/público. O contato de cada parte se transforma a cada edição, surgem novos projetos, estilos que nunca se encontrariam pelas vias normais agora já são possíveis, parcerias são criadas, novos artistas surgem, antigos artistas retornam, em cada edição é semeada novas metas, sonhos e projetos, pelos “sem galeria , “com galeria”, reconhecidos ou anônimos, todos estão apoiando este novo velho movimento que vem mostrando em 5 anos, o verdadeiro lugar e função da arte, principalmente quem decide o que é arte ou não e provocando novas perguntas e reações no tão controverso mundo da arte oficial.
Evento indicado para o blog por Gejo, O Maldito via WhatsApp.