Pintura feita para o meu filho João Alexandre pela sua madrinha Maria do Carmo Matosinho Peres de Pontes por ocasião de seu primeiro ano.
Mês: novembro 2020
Gravura lua
Trecho de Cobra Norato
Quero estarzinho com ela
numa casa de morar,
com porta azul piquininha
pintada a lápis de cor.
Quero sentir a quentura
do seu corpo de vaivém.
Querzinho de ficar junto
quando a gente quer bem, bem;
Ficar à sombra do mato
ouvir a jurucutu,
águas que passam cantando
pra gente se espreguiçar,
E quando estivermos à espera
que a noite volte outra vez
eu hei de contar histórias
(histórias de não-dizer-nada)
escrever nomes na areia
pro vento brincar de apagar.
Raul Bopp (Vila Pinhal, atual Itaara – Rio Grande do Sul, 4 de agosto de 1898 — Rio de Janeiro, 2 de junho de 1984)
Postado hoje no Instagram por Maria Bopp (www.instagram.com/mariabopp)- Atriz e cineasta
Vento – à partir de amanhã
“À partir de amanhã e até 13/12, a coletiva Vento, que integra a 34ª Bienal de São Paulo, estará aberta no Pavilhão Ciccillo Matarazzo.
Espero você consiga vir, amanhã ou em outro momento, abraço,”
Jacopo Crivelli Visconti
Luta
Há um pomar escondido no coração da semente
Existe busca e assédio no beija-flor voador,
quando procura na flor essência para seu tédio
Mas como existe remédio no veneno da serpente
na virgem flor inocente há um desejo contido
E há um pomar escondido no coração da semente.
Raymundo Ásfora (Fortaleza – CE, 26 de novembro de 1930 — Campina Grande – PB, 6 de março de 1987)
Mais poemas de “Cartas da alteridade” de Edney Cielici Dias
SATURAÇÃO
copo transparente de água pura
colher cheia de açúcar muito branco
adicione, deixe-o cair sem pressa
observe a mágica: descer e sumir
rota de tantas imperfeições todavia
algo cristalino permanece no fundo
e, estancado, não pode se desfazer
PERCURSO
ciente, volto ao caminho
além da várzea, vai longe
para lá do Tamanduateí
ouviram do meu Ipiranga
retorno ao oeste distante
reclamam estas cicatrizes
procissões, voltas infindas
circunvoluções, retornos
solidões, minhas Perdizes
Sobre autor
Edney Cielici Dias, poeta devotado ao ofício da palavra, é doutor em ciência política, economista, jornalista e editor.
Selo Demônio Negro
R$ 50,00
Quando criança
Desenhos de meu sobrinho Diogo Fernandes Matosinho.
Laércio Moraes: Cenas
Laércio Moraes (Lalá) nasceu em 7 de setembro de 1963, está com 57 anos, cursou desenho artístico e publicitário na década de 80 e hoje reutiliza várias técnicas. Já participou em exposições no grande ABC e estudou na Fundação das Artes de São Caetano do Sul-SP em 2018.
Contatos:
www.facebook.com/laercio.moraes.1614
www.instagram.com/laercioamoraes
lalaalexandre@hotmail.com