SATURAÇÃO
copo transparente de água pura
colher cheia de açúcar muito branco
adicione, deixe-o cair sem pressa
observe a mágica: descer e sumir
rota de tantas imperfeições todavia
algo cristalino permanece no fundo
e, estancado, não pode se desfazer
PERCURSO
ciente, volto ao caminho
além da várzea, vai longe
para lá do Tamanduateí
ouviram do meu Ipiranga
retorno ao oeste distante
reclamam estas cicatrizes
procissões, voltas infindas
circunvoluções, retornos
solidões, minhas Perdizes
Sobre autor
Edney Cielici Dias, poeta devotado ao ofício da palavra, é doutor em ciência política, economista, jornalista e editor.
Selo Demônio Negro
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