Por estes campos sem fim,
onde a vista assim se estende,
que verei, triste de mim,
pois ver-vos se me defende?
Todos estes campos cheios
são de saudade e pesar,
que vem para me matar,
debaixo de céus alheios.
Em terra estranha e em ar,
mal sem meio e mal sem fim,
dor que ninguém não entende,
até quão longe se estende
o vosso poder em mim!
Sá de Miranda (Coimbra, Portugal, 28 de agosto de 1481 — Amares, Portugal, 15 de março de 1558), In “Antologia Poética”
Parabéns Eduardo por essa grande iniciativa de divulgar arte e artistas e assim contribuir para a preservação da arte para essa nova geração que chega toda automatizada e muitos jamais saberiam o que é realmente a arte se não existissem pessoas como você que tem prazer em manter acesa a chama da arte e da cultura popular.
Grande abraço,
Costa Paula