Waldecy de Deus: Exaltação da vida

“Boa noite Amigo Eduardo Matosinho, minha Exposição “Exaltação da vida”.”

Waldecy de Deus

De 17 de junho a 31 de julho de 2023
Coquetel de abertura; 17 de junho às 16 horas
Galeria Cia Arte Cultura
Shopping West Plaza
Av. Antártica, 308 – Piso 2, Bloco A – Água Branca, São Paulo – SP
De segunda a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 12h às 22h
Informações: (11) 9 8571-1766
Curadoria: Oscar D’Ambrosio
Entrada gratuita

Waldecy de Deus, pseudônimo artístico de Waldecy de Deus Fuhrman, nasceu em Boa Nova, Bahia, em 1952. Transferiu-se para São Paulo em 1967, onde começou a pintar seguindo o caminho de seu irmão Waldomiro de Deus.

A idealização romântica

O escritor francês Anatole France, em O jardim de Epicuro, disse que “o artista deve gostar da vida e mostrar-nos que ela é bonita. Não fosse ele, duvidaríamos disso”. A pintora primitivista Waldecy de Deus faz exatamente isso ao criar telas e painéis que exaltam a vida.
Seja em suas cenas urbanas, de folclore ou de moradias pobres da periferia de São Paulo, a artista sempre mostra a beleza, seja pelas cores vivas ou pela forma como articula diversas cenas, em composições plenas de romantismo e idealizações nas quais as pessoas e o meio ambiente interagem num estado de equilíbrio.
Nas telas de Waldecy, os seres humanos dão movimento às cenas e, simultaneamente, os locais mostrados tornam as ações retratadas mais significativas. Um exemplo curioso é o de homens enfeitando com bandeirinhas os prédios da esquina das avenidas Augusta e Paulista. O cimento de São Paulo ganha assim humanidade.
Esses prédios que hoje Waldecy pinta com desenvoltura estão bem longe de sua infância. Nascida em 10 de março de 1952, em Boa Nova, BA, ela passou seus primeiros anos pescando, andando a cavalo e fazendo armadilhas para caçar passarinhos. Em 1967, veio para a maior cidade da América Latina em busca de um futuro promissor.
Foi também em São Paulo que Waldecy começou a pintar. Suas primeiras telas tratavam de morte, com velórios e caixões, fato que ela atribui a ser uma criança muito pensativa que tinha muitos pesadelos. Estimulada, porém, pela boa receptividade de seus primeiros trabalhos, prosseguiu na carreira, pintando também casamentos e cenas de folclore, como lobisomens e mulas-sem-cabeça.
Progressivamente, o trabalho inicial de cunho mais realista foi cedendo espaço a cenas do cotidiano cada vez mais idealizadas. O óleo também cedeu o lugar à tinta acrílica e o tom sombrio, pouco a pouco, abandonou as telas em função de telas coloridas e , mais recentemente, de flores.
Com mais de 30 anos de carreira e mais de 600 quadros pintados, Waldecy já teve obras expostas na Alemanha, Suíça, França, Itália e EUA. A artista trabalha bem as tonalidades azuis e verdes, presentes em céus com riqueza de imagens e áreas bem povoadas. Nesse encontro entre céu e terra, brotam numerosas imagens de conjuntos, que incluem de românticas noivas a escuros caminhões; e de pessoas diminutas e morros a figuras mais destacadas, como uma mulher grávida ou passeando com um cachorro.
A vida, nas telas de Waldecy de Deus, é mostrada numa plenitude romântica. A metrópole fica bonita, a internet torna as pessoas mais felizes e a miséria cede espaço ao congraçamento entre as pessoas. Há em suas telas alegria de viver, fé no futuro e gosto pelo próprio trabalho. Para ela, pintar é um ato de amor à vida e de confiança no futuro. Ao ver as cenas reais do cotidiano, ela se inspira para criar, com suas paisagens e flores, um mundo todo particular, idealizado e feliz, fruto de seu engenho colorido e do talento de sua arte.

Oscar D’Ambrosio

Contatos:
www.facebook.com/waldecydedeus.dedeus
www.instagram.com/waldecydedeus
waldecydedeuspintoranaif@gmail.com
WhatsApp: (11) 9 5715-4303

Autor: ematosinho

Eduardo Matosinho é economista e sociólogo com bacharelado pela Universidade de São Paulo (USP). Tem 60 anos e é casado com Luiza Maria da Silva Matosinho e com ela tem um filho de nome João Alexandre da Silva Matosinho. Trabalha atualmente na Galeria Pontes (https://www.galeriapontes.com.br/), onde já está há 17 anos.

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