Um artista de Alagoas: Carlos João dos Santos

“Meu nome é Carlos João dos Santos. Nasci em Arapiraca – AL. No ano de 1986 fui criado no povoado Taboca, bairro da cidade de Feira Grande, de família humilde desde criança, aproximadamente no ano de 1992, comecei a observar meu avô fazendo telhas e panelas de barro, e foi despertada a curiosidade e comecei com o barro a fazer bonequinhos, carrinhos, panelinha para brincar, e isso era uma forma de ter os brinquedos de brincar, como na época era uma necessidade, não tinha condições de comprar. Com uns oito anos comecei fazer meus desenhos no chão em folhas de papel em palma – planta típica do Nordeste – , e cada vez que eu fazia mais gostava e fui me aperfeiçoando e criando cada vez mais na adolescência na escola, sempre meus amigos me procuravam para fazer trabalhos de artes, como alguns cartazes, desenhos e maquetes. Com 22 anos trabalhei em uma empresa de construção civil, e sempre na hora do almoço aproveitava o momento e fazia esculturas ou casinha de tijolos com materiais que eram descartados pela a empresa, casei com 24 anos e comecei a residir em Lagoa da Canoa – AL, e desde então venho fazendo minhas artes cada vez mais, e sempre que posso participo de feiras e exposições.”

Carlos João dos Santos

Contatos:
www.instagram.com/carlosjoaodossantos4
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Inclinado nas tardes

Inclinado nas tardes lanço as minhas tristes redes
aos teus olhos oceânicos.

Ali se estira e arde na mais alta fogueira
a minha solidão que esbraceja como um náufrago.

Faço rubros sinais sobre os teus olhos ausentes
que ondeiam como o mar à beira dum farol.

Somente guardas trevas, fêmea distante e minha,
do seu olhar emerge às vezes o litoral do espanto.

Inclinado nas tardes deito as minhas tristes redes
a esse mar que sacode os teus olhos oceânicos.

Os pássaros noturnos debicam as primeiras estrelas
que cintilam como a minha alma quando te amo.

Galopa a noite na sua égua sombria
derramando espigas azuis por sobre o campo.

Pablo Neruda (Parral, Chile, 12 de julho de 1904 — Santiago, Chile, 23 de setembro de 1973)

III – Ao Entardecer

Ao entardecer, debruçado pela janela,
E sabendo de soslaio que há campos em frente,
Leio até me arderem os olhos
O livro de Cesário Verde.

Que pena que tenho dele! Ele era um camponês
Que andava preso em liberdade pela cidade.
Mas o modo como olhava para as casas,
E o modo como reparava nas ruas,
E a maneira como dava pelas cousas,
É o de quem olha para árvores,
E de quem desce os olhos pela estrada por onde vai andando
E anda a reparar nas flores que há pelos campos …

Por isso ele tinha aquela grande tristeza
Que ele nunca disse bem que tinha,
Mas andava na cidade como quem anda no campo
E triste como esmagar flores em livros
E pôr plantas em jarros…

Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa (Lisboa, Portugal, 13 de junho de 1888 — Lisboa, Portugal, 30 de novembro de 1935)

Herê Fonseca: Combinatórias

Herê Fonseca

Vive e trabalha em Sorocaba – SP. Nasceu em 1975, em Alfenas, Minas Gerais, morou em Cuiabá – MT, no Rio de Janeiro – RJ, em Vitória – ES e em Piracicaba – SP. Trabalhou no atelier do pai, Tião Fonseca, com esculturas e diversas técnicas em artes plásticas. Tem Curso superior em Artes Plásticas, com licenciatura em Educação Artística, Tatuí, São Paulo. Realizou vários cursos de aperfeiçoamento em Artes Visuais entre eles Arte e Cidade na Universitat Politecnica da Catalunya, Barcelona, Espanha, em 2006; O exercício e a compreensão das Artes Plásticas Contemporâneas na Pinacoteca Miguel Dutra, Piracicaba SP, em 2007.
Foi selecionado e catalogado pelo Mapa Cultural Paulista expondo na Sala São Paulo da Estação Julio Prestes com a obra Defesa. Selecionado pelo 6º Salão de artes plásticas de Cerquilho, SP, na modalidade pintura.
Entre as exposições individuais estão: Fragmentos, traços e Cacos em composição, 2018 Pátio Cianê Sorocaba MT; Combinatórias, 2017 Hall da Câmara Municipal de Sorocaba; Combinatórias, 2016 Galeria do Palacete Scarpa, Musicarte no hall do Teatro da UFMT 2015; Cubo Negro no MACP e Pavilhão das Artes em Cuiabá, 2011 curadoria de Ludmila Brandão,Trilhas dos traços, no MISC, Cuiabá MT, 2010, Esculturas em Movimento na Casa de Cultura da América Latina em Brasília, DF, 2009; Oscilações no Sesc Arsenal em Cuiabá, MT, 2009, Exposição de Mascaras no Atelier Herê Fonseca em Piracicaba SP, 2008;Aéreas, na Galeria Unimep, Piracicaba, SP, 2005; Espaço aquário em Votorantim SP, 2003; Garatujas ao vento na Casa do Povoador, Centro Cultural da Rua do Porto em Piracicaba, SP 2001, Ensaios, na Galeria UNIMEP, 1998.
Realizou várias exposições coletivas entre elas: O que é que a cidade tem? curadoria de José Serafim Bertoloto em 2015. Percurso no MACP curadoria de Aline Figueiredo em 2014; In Dios sincronias no MACP Cuiabá , MT , 2013. Mostra de Arte Contemporânea Pavilhão das Artes Cuiabá MT 2012, Panorama das Artes mato-grossenses, PAM, 2012, Circuito Cultural Setembro Freire, Pavilhão das Artes, Cuiabá Mato Grosso, 2010; Mostra de Arte Contemporânea no Engenho Central, Piracicaba SP, 2004;Fragmentos e Segmentos da Arte Contemporânea, Galeria do Teatro Losso Neto, Piracicaba SP, 2000.
Entre as cenografias estão a do curta-metragem Bolhas de Sabão desmancham no ar e Licor de Pequi de Marithe Azevedo. Trabalha com esculturas aéreas em movimento, esculturas estáveis, tempera sobre papel, acrílico sobre tela, murais, esculturas em argila, máscaras, empapelamentos, pinturas em seda, objetos. Desde 2009 participa de intervenções na cidade de Cuiabá com o coletivo à deriva, prêmio Salão Jovem Arte de 2012 com a instalação “Cidade Reinventada”.

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Matéria na Revista Ruído Manifesto: Leia

Cibelle Arcanjo: Santo Corrompido e Maternidade

Artista visual independente em início de carreira. Atualmente sua pesquisa em arte contemporânea se desenvolve em pinturas e objetos sobre a cultura da violência, competição e conflitos e formatação de corpos. Quase concluindo o curso de pintura na EBA/ UFRJ. Trabalha e reside na cidade de Niterói – RJ.

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