A vida sempre ameaçada
O mar amada
Esteio ao longe
Vi frutas, comi-as
Saciei minha fome
Deu sede, bebi um copo d’água
Deitei na rede, na tarde
Do animal admirei seu porte
No papel escrevi uma carta
Pus num vidro e atirei ao mar
Bem longe uma mulher lerá
A musa, a poesia
O ato de escrever e de amar
De ser correspondido
E abandonado, um dia
E segue, tudo na vida
No relógio quebrado
O tempo segue assim mesmo
O amor segue e nos persegue