Crônica de Fernando Pacheco Jordão: A receita

Sempre me perguntam qual o segredo, o “pulo do gato” que tornava o pastel tão inesquecivelmente delicioso. Minha mãe garante que não havia segredo. Se havia, minha tia levou com ela para alegrar as almas no além. Ingredientes especiais não reproduzíveis: perspectiva de um mês inteiro de férias, viagem de trem até a cidade, onde me esperavam futebol o dia inteiro, namoricos à noite no footing da praça, gostosa convivência diária com avó, tias, irmãs, o primo com quem dividia uma bola nº 5 e a molecada local para enriquecer nosso vocabulário e fazer guerra de mamonas. Quem sabe os bons tempos eram o verdadeiro recheio dos meus pastéis.

Fernando Pacheco Jordão (1937 – 2017) faleceu em São Paulo aos 80 anos. Atuou no jornalismo desde 1957, quando iniciou sua carreira na antiga Rádio Nacional, em São Paulo. Posteriormente, trabalhou como repórter, redator e editor de diversos veículos, como O Estado de S. Paulo, TV Excelsior, BBC de Londres, TV Globo, TV Cultura de São Paulo, revistas IstoÉ e Veja. Como consultor e assessor político atuou nas campanhas dos governadores Mário Covas e Geraldo Alckmin. Dirigente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo na época do assassinato de Vladimir Herzog, Fernando escreveu o livro “Dossiê Herzog – Prisão, Tortura e Morte no Brasil”, que já está na sétima edição revista e ampliada e constitui documento fundamental para a História do Brasil. Foi sócio-diretor da FPJ – Fato, Pesquisa e Jornalismo. Hoje é patrono do “Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão”, realizado pelo Instituto Vladimir Herzog desde 2009 e que já está em sua 14ª edição.

Ficção: “Do Pecado”, um caso portenho de futebol, cerveja e sangue

Conto breve da escritora argentina María Negro, traduzido por Edney Cielici Dias.

Veja em:

www.ventiladorliterario.com

Ilustração: Nii

María Negro (Buenos Aires, 1977): publicou “Y sin embargo se mueve” (2012), “Manifiesto de las Conchudas” (2013), “El secreto de los insectos” (2020) e “La sed de Doña Hilda” (2021). É integrante do Colectivo Estrella del Oriente (Argentina).

Edney Cielici Dias: poeta, escritor e jornalista, é economista, mestre e doutor em ciência política pela Universidade de São Paulo. É editor-chefe e coordenador editorial da Editora Ventilador Literário e autor de “Cartas da Alteridade” (Selo Demônio Negro, 2020).

www.instagram.com/edney_cielici_dias

Cia. Teatral Pequenos Grandes Atores – Em setembro: Mostra Pequenos Grandes Atores, aguardem…

Sabe qual o motivo da animação dessa galera? É que à partir do mês que vem, teremos uma programação com muuuuita coisa maravilhosa!!
🎭🎬🙌🏻🍀

📸: @douglaspitonph

#pequenosgrandesatores #cincoanos #teatro #mostrapequenosgrandesatores #asementedahistória #teatroadolescente #cinema

A praia e a montanha paulistas

O objetivo deste artigo é escrever sobre dois pontos turísticos brasileiros, um situado em uma bonita praia e o outro localizado na montanha.

No litoral falarei sobre a Praia Grande, em Ubatuba, litoral norte do estado de São Paulo. O ponto turístico escolhido na montanha será Campos do Jordão, que fica próximo de São Paulo, capital.

A Praia Grande de Ubatuba caracteriza-se por ser uma praia com fortes ondas, o que a torna muito procurada para a prática do surf. A sua areia é bastante macia e branca e a orla marítima é recheada de quiosques que vendem os mais variados produtos, como o côco, porções de peixes, salgadinhos e outros aperitivos.

O local é bastante seguro, pois tem postos de salva-vidas a cada quinhentos metros. Todas as manhãs os turistas podem fazer um agradável passeio de escuna, que sai as dez horas rumo à Ilha Anchieta. Essa ilha é tombada pelo Patrimônio Histórico e é considerada uma área de preservação ambiental. Lá o Ibama desenvolve o Projeto Tamar, que procura ajudar na reprodução da tartaruga marinha, uma espécie ameaçada de extinção.

A montanha fica localizada a cidade de Campos do Jordão, importante ponto turístico paulista. Esta cidade é muito procurada no inverno e sua atração principal nesta época do ano é o Festival de Inverno de Campos do Jordão. Neste festival vários grupos musicais e eruditos se encontram vindos do país inteiro para apresentarem seus trabalhos nas salas de concerto.

Lá também destacam-se um horto florestal que abriga espécies da flora e da fauna, típicos da montanha brasileira. Os turistas também podem se divertir fazendo o passeio do bondinho, que liga duas montanhas muito altas.

Espero que todos os leitores tenham curtido essas dicas e boas férias!

Escrito em dezembro de 2002

Exposição “Calma Tormenta” de Julia Benetton

“Gostaria de te convidar para a abertura da minha exposição “Calma Tormenta”, na próxima sexta feira (dia 8 de julho), em São Paulo.

O evento começa às 18h, na CasaGaleria, Rua Fradique Coutinho, 1.216 – Vila Madalena.

Para quem não puder comparecer a vernissage, a galeria estará aberta para visitações até dia 6 de agosto.

Aguardo a todos com um drink na mão! 🤍”

Julia Benetton

Contatos:
www.facebook.com/benettonjulia
www.instagram.com/benettonjulia
juliabenetton@gmail.com
WhatsApp: (19) 9 9884-5394
www.juliabenetton.com

Yoga para crianças e adolescentes: Últimos dias para se inscrever!

“Ensinar crianças e adolescente a relaxar, a meditar, a gostar de permanecer um pouco em silêncio, a cuidar tanto de si como dos outros, a acalmar o corpo e a mente é, sem dúvida, uma tarefa fundamental e imprescindível em nossa sociedade.

Curso pensado para dar mais embasamento e segurança para que já dá ou pretende dar aulas de yoga para crianças e adolescentes, pois a didática e a abordagem para esse público é muito diferente dos adultos. Mais informações e inscrições pelo link https://bit.ly/3R8OVva

Maria Ester Azevedo Massola (@estermassola) – Trabalha na empresa Centro de Oncologia e Hematologia Hospital Israelita Albert Einstein, Formação em Yoga e insign. Estudou na instituição de ensino Yoga pós-graduação. Minha colega do Colégio Palmares e Gávea.

O curso intensivo tem início em 6/jul.

Leia mais: www.instagram.com/marcosrojoyoga

Artigo “Utilização de madeira brasileira para envelhecimento de bebidas” (Referência às castanheiras da Fazenda Aruanã)

As madeiras brasileiras ganham espaço no processo de envelhecimento das indústrias de bebidas do país. Vinícolas, cervejarias e alambiques utilizam barris e dornas que possam agregar um diferencial para seus produtos
Por Carlos Donizete Parra (“Engarrafador Moderno”)

(…)

Madeiras brasileiras

O Brasil possui diversas espécies de madeiras já utilizadas para bebidas, entre elas as mais conhecidas são a Amburana, Bálsamo, Amendoim, Jequitibá, Pereira, Grápia, Freijó e Castanheira.

As madeiras brasileiras oferecem aromas e características distintas às bebidas, por isso a importância de serem cada vez mais testadas e utilizadas por nossas indústrias. Com certeza são diferenciais que vão agregar valor e competitividade aos produtos. Outros pontos positivos a se destacar na utilização de madeiras brasileiras são o custo mais atrativo, sensorial diferenciado, sustentabilidade (desde que a madeira seja certificada, é claro), valorização do produto nacional, opções para explorar novos produtos com criatividade.

A castanheira (Bertholletia excelsa) é uma árvore nativa da Floresta Amazônica, conhecida dos brasileiros, principalmente, pelo seu fruto: a castanha.

A madeira da castanheira-do-Brasil é conhecida como o “carvalho brasileiro” e, historicamente, utilizada na tanoaria mundial.

A qualidade e propriedades da madeira de castanheira são apropriadas para produzir barris para o envelhecimento de cachaça, vinho, e cerveja, sendo bastante demandada pelas tanoarias. Hoje, é possível comprar madeira de castanheira proveniente de árvores plantadas e com DOF legal disponibilizadas pela Fazenda Aruanã, localizada na região de Itacoatiara, no Amazonas. A empresa possui um castanhal plantado de 1 milhão de árvores e fornece madeira de castanheira cortada de acordo com as medidas desejadas pelas tanoarias. “O barril de carvalho é o mais utilizado no Brasil porque a madeira legal de castanheira-do-Brasil não tem produção. É proibido cortar castanheiras.

Atualmente, só é disponível a madeira de castanheira nos plantios da Fazenda Aruanã porque são plantios aprovados pelos órgãos ambientais” explica Sergio Vergueiro, Diretor da Fazenda Aruanã.

A castanheira não pode ser cortada a não ser com autorização dos órgãos ambientais reguladores segundo condições específicas. A castanheira tem cerca de 70 metros de altura e demora 150 anos para atingir sua maturidade. Seguindo as condições ideais de fabricação, os barris de castanheira podem durar 30/40 anos, oferecendo à bebida coloração clara com aromas e sabores adocicados, frutados e bastante característicos de seu fruto.”O que mais destaca a castanheira do carvalho é que a castanheira tem maior sabor e aroma de castanha e tem mais dulçor ou tanto quanto o carvalho. Isso é um ponto alto da castanheira. Comparado com o carvalho as notas de especiarias são parecidas e o frutado também. Portanto, são madeiras que se equiparam. Já houveram ensaios de castanheira competindo com o carvalho e a castanheira teve muito bom desempenho, inclusive para o uso para vinhos”, garante Edson Martins, Diretor da Tanoaria Dornas Havana.

Para Haroldo Narciso da Famigerada Cachaça, a Castanheira é uma madeira que adiciona à cachaça dulçor e amargor com um toque amadeirado e frutado, no aroma caramelo e frutas vermelhas. “Seu processo de maturação é lento e o barril precisa ser trabalhado com persistência até alcançar o equilíbrio pois pode tender aos tons amargos e a uma adstringência exagerada na primeira maturação.

Quando bem envelhecida, a Castanheira apresenta características um pouco semelhantes ao seu arquétipo o Carvalho, razão pela qual já foi apelidada de Carvalho Brasileiro. Mas não devemos reduzi-la a isso pois tem elementos próprios e singulares, o que pode proporcionar uma outra bebida com características bem impactantes”, assegura Haroldo.

Opções não faltam

(…)

As opções de madeira para incentivar a criatividade de fabricantes de bebidas não faltam. São dezenas de madeiras à disposição para testes e aplicações diversas. Madeiras nativas de florestas do norte ao sul do Brasil com características distintas que oferecem sabores e aromas variados e oriundos de seus biomas. Acompanhe as descrições sensoriais de algumas dessas madeiras e aproveite para dar luz à sua criatividade e produzir bebidas de impacto no mercado:

Castanheira (Bertholletia excelsa)
A castanheira é conhecida popularmente como “o carvalho brasileiro” por ser rica em vanilina, trazendo aromas associados a junção do tostado com baunilha, chocolate e caramelo. Após tosta reduz também sua intensidade vegetal de madeira nova e enriquece a percepção sensorial de castanhas.

Referências
• O envelhecimento em madeira enriquece a bebida com novos aromas e sabores, Michael Trommer, Revista Engarrafador Moderno.
• Madeiras para envelhecimento da cachaça, Felipe Jannuzzi, Mapa da Cachaça.
• Perfil de madeiras brasileiras e o envelhecimento de cervejas, Aline Bortoletto, Science of Beer webinar.
• Entrevistas com empresas do setor.

Leia a matéria na íntegra: https://engarrafadormoderno.com.br/edicao-online/utilizacao-de-madeira-brasileira-para-envelhecimento-de-bebidas