Esmeralda do Carmo Ortiz: As incríveis histórias do Tio Barbudo

A jornalista, escritora e cantora Esmeralda Ortiz lançou em meados de julho o livro “As incríveis histórias do Tio Barbudo” inspirado na vida de um sem-teto que vaga pela cidade de São Paulo e que fez parte da infância da autora.

Sinopse:

Viver nas ruas é a única saída para muitas pessoas empurradas para a marginalidade pela própria sociedade. É um mundo sem lei onde a violência impera, o abuso sexual está sempre presente e a droga arrasa desde os primórdios da infância.

Esse submundo só não tem um enredo pior porque muitas crianças são acolhidas pelos “pais e mães da rua” que assumem a responsabilidade de cuidar destes filhos de ninguém, como o Tio Barbudo, um personagem inspirado em um sem-teto que vaga pela cidade de São Paulo e fez parte da infância da autora, que viveu e sobreviveu a esses revezes.

As incríveis histórias do Tio Barbudo não é utopia, esbarra na realidade e escancara para o mundo a importância do amor desses anjos protetores que são chamados de pais e mães da rua pelos seus protegidos.

Editora: Uirapuru
Números de páginas: 56
Ano de edição: 2019
Altura: 24 cm
Largura: 17 cm
Acabamento: Brochura

O livro pode ser adquirido na Editora Uirapuru.

Contato:
http://www.editorauirapuru.com.br
juliana@editorauirapuru.com.br
Fone: (11) 2249-7700

Poema solo

Ir fundo até que fui
Vivenciei as crises
Explorei potencialidades
Da vida
Me fechei quando acuado
Hoje estou em processo
De abertura e em busca
Do Eduardo que já fui um dia:
Corajoso
Do barro, do interior
Sem medo das guerras e das brigas
Sendo mãe de mim mesmo
E disputando um lugar ao sol
Fui inventor de mundos
E descobridor como toda criança o é
De adolescente paquerador e de bem com a vida
Virei um adulto acuado
Fugi de mim mesmo
Fechei-me numa redoma
De onde só me libertei aos poucos
À custa de muita análise e remédios
Hoje estou ao bel prazer das oscilações
Da economia e das leis do mercado
Inseguro como todos
Pela violência dos homens e das ruas
Da conjuntura adversa e
Marota e, porque não, do mundo globalizado
Azarado
Posto em cheque e procurando por uma
Saída difícil e ao mesmo tempo corajosa
Com medo de romper o status quo
De chocar e de empolgar
De pagar para ver…

Em abertura para obra e para a arte

Adir Sodré: Japonismo, Proteção e Por meios de azuis pássaros voam… 100 anos de Manoel de Barros

Adir Sodré de Souza (Rondonópolis/ MT – 1962) freqüentou o ateliê livre da Fundação Cultural na UFMT, orientado por Humberto Spíndola e Dalva Maria de Barros, em 1977. Na década de 80, seu trabalho orienta-se para uma temática regionalista, preocupando-se com o problema do índio e a invasão da indústria do turismo e o consumismo. Já em trabalhos da década posterior, revela admiração por Henri Matisse (1869-1954), empregando cores puras e elementos decorativos em obras nas quais o erotismo também é muito presente, como em Falos e Flores (1986) ou Orgia das Frutas (1987). Produz também retratos de personalidades conhecidas, marcados pelo humor. O artista mantém diálogo constante com aspectos da história da arte, fazendo referências entre outros a Vincent van Gogh (1853-1890) ou a Diego Velázquez (1599-1660), aproximando-se também do universo dos quadrinhos, como em Almoço na Relva VII (1988). Entre as exposições de que participou, destacam-se: Gente da Terra – Homenagem a Maria Auxiliadora da Silva, no Paço das Artes, São Paulo, 1980; Panorama da Arte Atual Brasileira, no MAM/SP, São Paulo, 1983; Como Vai Você, Geração 80?, na EAV/Parque Lage, Rio de Janeiro, 1984; Modernidade, Arte Brasileira do Século XX, no Museu de Arte Moderna de Paris (França) e no MAM/SP, São Paulo, 1987; Brasil: Imagem dos Anos 80 e 90, no MAM/RJ, Rio de Janeiro, 1993. Evento no Itaú Cultural: BR/80 Pintura Brasil Década 80, São Paulo, 1991.

Contatos:
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WhatsApp: (65) 9 9800-9215

Meditando sobre caminhos cerebrais

Meditando sobre caminhos cerebrais
Pensei no pensado e no que não foi escrito
Caminho e penso, tenho idéias para o escrito
A pedra tem que ser lapidada para virar algo dizível
Deixar de ser pedra para ser um objeto construído
Trabalhado como uma obra do homem
Quando caminho tenho idéias de versos e ritmo
Sento para escrever e a idéia original some
Surge outra coisa, mais dura, menos polida
Se pudesse gostaria de escrever no espaço
No pensamento, no ar, no cérebro
Por no papel incomoda, é difícil e falta leveza
Às vezes chegamos com uma idéia pronta
Na cabeça acabada, mas na hora do papel
Ela some, evapora no ar, ficando rudimentos duros
De pedra, bruta. O que fazer se o ofício nos chama
Escrevo mesmo assim para depois tentar o impossível
Encontrar a antiga leveza – a beleza original
Lapidar é preciso para sair algo melhor
Transpiração para criar e buscar a simplicidade da origem
Da idéia que nos fez sentar para escrever um poema
Que nada mais é do que uma idéia bruta trabalhada
Labutada à partir de uma idéia original