Josué Montello: Citações

“Um homem de bem, quando não pode mais honrar os compromissos que assumiu, manda em seu lugar o atestado de óbito.” In “Noite sobre Alcântara”

“E ela jamais esqueceria a mão úmida da companheira, agarrada à sua, enquanto o rosto assustado lhe perguntava, com um fulgor de medo nas pupilas:
— Deus vai mandar me prender, Madalena? Ou eu já paguei minha conta, aqui na terra? Reze por mim. Vou deixar para você a minha Bíblia. E só o que eu tenho. Se eu chegar perto de Deus, vou dizer quem é você. Vou. Posso lhe fazer um pedido? Talvez seja o último. Já estou ficando sem forças. Pegue minha Bíblia, abra no Salmo 23. É aquele que diz que Deus é o meu pastor. Leia. Leia devagar.
E quando Madalena ergueu o olhar, ao fim da leitura, deu com a outra imóvel, de olhos parados. Desceu-lhe as pálpebras, cruzou-lhe as mãos. E curvando-se sobre a figura magra, que o lençol parecia tornar mais ossuda e lívida, rompeu a chorar baixinho, certa de que Deus havia recolhido ao seu rebanho, naquele presídio, a melhor ovelha.” In “O Silêncio da confissão”

“A gente precisa estar informada sobre tudo, papai. Para isso é que existem os livros. Sem esses rebeldes, o mundo não progredia. Eles vão na frente, abrindo o caminho.” In “Noite sobre Alcântara”

“Ele começou a reconhecer que, mais difícil do que viver, é saber encerrar harmoniosamente a vida, sem azedumes nem resmungos, em paz com o mundo que ficaria para trás.” In “Noite sobre Alcântara”

“Quem tem saudade nunca está só.”

Josué Montello (São Luís, 21 de agosto de 1917 — Rio de Janeiro, 15 de março de 2006)

Autor: ematosinho

Eduardo Matosinho é economista e sociólogo com bacharelado pela Universidade de São Paulo (USP). Tem 60 anos e é casado com Luiza Maria da Silva Matosinho e com ela tem um filho de nome João Alexandre da Silva Matosinho. Trabalha atualmente na Galeria Pontes (https://www.galeriapontes.com.br/), onde já está há 17 anos.

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