amo as frases densas porque aprecio também as diluídas. guardo admiração pelas sentenças abertas, cheias de ar e fumaça, uma bruma que me permite sair daqui para outros lugares. valorizo as palavras reunidas com todo o cuidado para dizer claramente o que se quer dizer. também prezo os termos esparramados ao acaso, para fazer pouco de nossa obsessão pela ordem e pela perfeição. sim, respeito a frase eterna e atento para aquela que não dura. exorto a palavra que se constrói porque – e sobretudo – trabalho na palavra que se destrói. assim há sentido em escrever.
(In “Cartas da Alteridade”, Selo Demônio Negro, 2020)
Sobre autor
Edney Cielici Dias, poeta devotado ao ofício da palavra, é doutor em ciência política, economista, jornalista e editor.
Selo Demônio Negro
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