Pintei
Fiz arte
Arte pintei
Colori o papel
Recobri a tela de lilás
Depois desenhei uma casinha
Com as cores de uma infância de interior
Autor: ematosinho
Artistas do Atelier Casaplan, Chile na Gravura Brasileira: Exposição “Naufrágios”
Exposição com 27 artistas de Valparaíso, Chile (até 14 de setembro de 2019).
A exposição “Naufrágios” discute o Naufrágio como metáfora de uma cidade que submerge através de imagens do imaginário Portenho: a arquitetura, a relação dos cidadãos com o mar e a cidade como patrimônio histórico.
Na imagem:
Claudia Riquelme – Sem título, ponta seca e bordado
Daniela Stevenson – Sem título, lito-offset e água forte
Jaime Morera – El camino del Grabado, impressão digital
Javiera Moreira – La Silla soy Yo, carborundum e ponta seca
Laura Aguirre – Cuerpo Flotante, litografia
Luis Cano – Paisaje Porteño, xilogravura
Carolina Bilemberg – Sem título, xilogravura
Silvia Escobar – Tronco, água forte e água tinta
Ethel Presser – Sem título, serigrafia
Contato:
Galeria Gravura Brasileira
Rua Ásia, 219, Cerqueira Cesar
São Paulo, SP
Fone: (11) 3624-0301
WhatsApp: (11) 9 8258-9842
www.gravurabrasileira.com
www.facebook.com/galeria.gravura.brasileira
Instagram: @gravurabrasileira
Outubro 77
Caminhos
Seguir no rumo das dúvidas de sempre
Constantemente indagando por onde seguir
Procurando placas pela rua
Sinais de trânsito no meio do caminho
A estrada que tenho seguido
Mostra-se sinuosa: veredas
Se abrem de uma hora para outra
Caminhos se bifurcam
Logotipos me confundem
Entre o bem e o mal
Meridianos céus dividem
O beco é sem saída
A seta me diz que é por aqui
Porém a curva é íngreme
E o céu não é de brigadeiro
O labirinto nem Minotauro tem
É vazio, com ar saindo pelos pulmões
Muita luz o iluminam
Estourando o meu diafragma
Descobrindo o fim do túnel
Inusitado, inseguro, porém futuro
Fernanda Eva: pintando em Monchique (vila portuguesa no Algarve) no atelier da Porca Preta
Céu colorido
Velhice
Alto quem vem lá
Sou eu – a sombra de seu passado
Esquecido no meio de um livro grosso
Nunca lido, mais seguro
Como uma nota de dinheiro
Ela se revelou para mim e disse:
– Vim para te assombrar e lembrá-lo
Que não quero ser esquecido
Como aquela flor que ficou noutro livro
Até murchar…
Antonio Prado: Fotos na Itália
Antonio José Corrêa do Prado nasceu em Bebedouro – SP e é economista (FEA-USP) e um pouco sociólogo, porque estudou três anos de sociologia (FFLCH-USP). É mestre e doutor em economia pelo Instituto de Economia da UNICAMP e foi professor da PUC-SP. Trabalhou por 23 anos no Dieese. Atuou também na Cepal-Chile. Atualmente trabalha na FAO em Roma, Itália.
Contato:
www.facebook.com/tonjose.prado
Duas mulheres
Poema em processo
Pensamento: fui na sua trilha e cheguei a esse poema que ora coloco no papel
Confesso que o parto não foi fácil e faltou coragem para iniciar essa empreitada
Partir de um papel em branco e colori-lo com idéias é um tanto duro
Mas temos que partir um dia para essa pintura, quer queiramos ou não
Para mim o dia foi hoje, cercado de tintas por todos os lados, saturado até
Pensei em várias coisas: infância, mulheres, literatura, alquimia, música, calor
A forma foi aparecendo, surgindo a partir de uma mancha de tinta, carbono
Fiz patinhas, dois olhos, um fundo (o espaço), pus ponto, um nome, vírgulas
A cabeça da gente dá voltas, rodopios, o medo de errar e não fazer feio: cinema
Escrever sem pensar, pintar sem saber a técnica, criar um oiro da pedra puída
Alquimia de tubos de ensaio e canos de vidro, de cores, químicas, fumaça, fedor
Literatura, pintura, magia – passaram todas pela minha mente, demente, doente
Com febre, cólera, espasmos, tremores, desmedida de acordo com o pensamento
Em um pulso contado (um, dois, …), oscilando entre o relaxamento e a taquicardia