A sensação das cores

Na confusão das cores
Encontrei o rumo certo
Para meu olhar perdido.

Dei a mão para você
E segui pela praça,
Na neblina da manhã.

Os dias foram agitados
Com dúvidas entre o bem
E o mal, com tormentos.

Me abri, falei de tudo.
Dos sonhos e cismas.
Da infância e medos.

Mas foi sua mão amiga
Que clareou o tom do céu
E trouxe novas e puras cores.

Sua presença me confortou,
Representou a contrapartida
De luz naquela noite cinzenta.

Poema dedicado à Lulu, 11/Mar/2004 (Por ocasião da comemoração do aniversário dela de 30 anos).

Ourinhos: 100 anos

Em 13 de dezembro de 2018 minha cidade natal comemorou seu centenário. O atual prefeito Lucas Pocay Alves da Silva proporcionou um vasto calendário de eventos em comemoração ao aniversário da cidade.

Ourinhos faz parte de um conjunto de municípios marcados pela fase econômica que se iniciou com o avanço do café para as novas terras de florestas derrubadas, na região às margens do Rio Paranapanema, pouco conhecidas nos primeiros anos do século passado. Com a presença de um elemento novo – o colono italiano – conseguiu-se uma rápida ocupação da terra, com a predominância da monocultura (café e algodão), integrando-se na vida econômica do Estado.

Hoje com uma população de quase 113 mil habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), sua história mostra que o município foi emancipado de Salto Grande na década de 1910 e seu nome é uma referência ao antigo município de Ourinho, hoje Jacarezinho, no estado do Paraná. É uma das principais cidades da região e possui como principal atividade econômica o comércio. No setor da agricultura, destaca-se o cultivo da cana-de-açúcar, da soja e do milho.

O município conta ainda com uma importante tradição cultural, que vai desde o seu artesanato até o teatro, passando pela música e o pelo esporte. A cidade se destaca também em seus eventos organizados muitas vezes pela prefeitura municipal juntamente com empresas locais. Um dos principais é a Fapi (Feira Agropecuária e Industrial), que é realizada anualmente no mês de junho e é considerada como um dos maiores eventos do ramo no país.

Nasci em 1964 na Vila Odilon, o bairro das olarias. Durante muitos anos, a Vila Odilon permaneceu como um território apartado do núcleo urbano mais central da cidade, mantendo uma distinção que lhe atribuía características próprias. O eixo que norteava a vida e o trabalho naquela região era a atividade desenvolvida pelas olarias no processamento da argila retirada das barrancas do Rio Paranapanema. Todos os empreendedores desse ramo vieram atraídos pela excelência da matéria-prima encontrada em abundância às margens daquele rio, nas proximidades de onde hoje está instalado o Clube Diacuí. Esse material, conhecido como arenito de Botucatu, era ideal para a fabricação de tijolos e telhas, apresentando colorações diferentes que, misturadas, forneciam a liga ideal para o manuseio.

Fontes: Prefeitura Municipal de Ourinhos, Wikipédia, Jornal Biz e APAA (Associação Paulista dos Amigos da Arte)

Palavras

A mesma palavra que afaga
É a que delata:
Amante.

A mesma que tece,
Distorce:
Arame.

Que incendeia,
Congela:
Tempo.

Amadurece,
Verdeja:
Calor.

E vamos dizendo
(Aos quatro ventos)
palavras mudas.

E assim, dúbias,
Seguimos falando-as
Em duplas, em triplas.

Palavras,
        Palavras,
               Palavras.

Enrique Aravena: Papito e Músicas

Enrique Aravena – Artista plástico chileno residente no Brasil (Ibiúna – SP) tem sua obra fundamentada no figurativo contemporâneo, centrado especificamente na figura humana. A sua linguagem poética é a expressão do sentimento, mediante cor, gesto e cenários que tragam a luz o que configura para este artista um tecido de emoções. Sentimentos que são além de um caminho, uma vivência observada e vivida desde um olhar comprometido com o conhecimento que permita transcender e amar.

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Lirismo de médico

A beleza do lugar
– De Nantucket –
Só sei eu que li
E reli o poema.

Suas cores e sombras
Que agradam o olhar
E suas palavras que
Soam bem, mesmo secas.

Flores coloridas
Uma janela branca
Limpeza que reluz
Com o sol na tarde.

Água no jarro e um copo
Virado para baixo
O mistério de uma chave
Um leito. Natureza-morta.

Marinaldo Santos: Assemblage e Poesias do Lixo

Marinaldo Santos nasceu em Belém do Pará, em 1961. Artista plástico e admirador da vida. É também pintor e desenhista autodidata. Em 1987 começou a realizar exposições individuais e coletivas, participando de mostras em todo o país e no exterior (Alemanha, Estados Unidos, Holanda, França). Recebeu inúmeros prêmios, entre eles o Grande Prêmio do Salão de Artes do Pará.

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