Nisso vimos passar
Pelotões de desempregados
Em busca do nojo perdido
Entre gavetas burocráticas
Ou moças donzelas
Militares entre outros civis
Civis entre outros
E uma criancinha pelada
Blog de Eduardo Matosinho – ematosinho@uol.com.br – WhatsApp: (11) 9 9781-4370
Nisso vimos passar
Pelotões de desempregados
Em busca do nojo perdido
Entre gavetas burocráticas
Ou moças donzelas
Militares entre outros civis
Civis entre outros
E uma criancinha pelada
Ready-made é um termo é criado pelo pintor, escultor e poeta francês, cidadão dos Estados Unidos a partir de 1955, Marcel Duchamp (1887-1968) para designar um tipo de objeto, por ele inventado, que consiste em um ou mais artigos de uso cotidiano, produzidos em massa, selecionados sem critérios estéticos e expostos como obras de arte em espaços especializados (museus e galerias). Seu primeiro ready-made, de 1912, é uma roda de bicicleta montada sobre um banquinho. Posteriormente, expõe um escorredor de garrafas e, em seguida, um urinol invertido, assinado por R. Mutt, a que dá o título de Fonte, 1917. Os ready-mades de Duchamp constituem manifestação cabal de certo espírito que caracteriza o dadaísmo. Ao transformar qualquer objeto em obra de arte, o artista realiza uma crítica radical ao sistema da arte.
Queria gritar uma palavra que cala
Que cala quer dizer sentimento
Queria falar uma palavra somente
Propriamente dita
Além do mais queria ser ouvido
Por uma pessoa qualquer: amada
Receber uma resposta pensada
Falada para eu retrucar e seguir
No fundo queria me corresponder
E ser correspondido
Dizer o indizível, ser ouvido
E receber o respondível
Escrever é uma vida vivida
Que o papel recebe
E afaga quando lido e relido
O tempo se transforma e nos molda
Henri Cartier-Bresson (Chanteloup-en-Brie, 22 de agosto de 1908 — Montjustin, 3 de agosto de 2004) foi um fotógrafo, fotojornalista e desenhista francês.
“Matosinho, tudo bem? No sábado eu abro esta exposição de gravuras, se puder comparecer, ficarei muito feliz!”
Alex Cerveny
A vida sempre ameaçada
O mar amada
Esteio ao longe
Vi frutas, comi-as
Saciei minha fome
Deu sede, bebi um copo d’água
Deitei na rede, na tarde
Do animal admirei seu porte
No papel escrevi uma carta
Pus num vidro e atirei ao mar
Bem longe uma mulher lerá
A musa, a poesia
O ato de escrever e de amar
De ser correspondido
E abandonado, um dia
E segue, tudo na vida
No relógio quebrado
O tempo segue assim mesmo
O amor segue e nos persegue