Medo do amor
Medo do beijo
Medo do medo
Medo de perguntar
Medo do outro
Medo da sua real beleza
Os olhos são o espelho d’alma
Autor: ematosinho
Felipe Góes na Galeria Kogan Amaro – 8/8/19
“Caros,
Segue divulgação da minha exposição individual “Cataclismo” na Galeria Kogan Amaro com curadoria de Ana Carolina Ralston.
A abertura será dia 8/8 as 19h.
Abraços”
Felipe Góes
Composição em roxo
Comendo e dançando
Sambado eu fui porque não
Danço hoje para comer filet mignon
E até, quem diria, arroz com feijão
Não recebo há dias o meu soldo
Acumulam-se contas
Baixa no banco o meu saldo
Preciso muito dar um salto
Mudar de vida e voltar a sambar
Num ritmo miúdo
E dançar apenas no salão
Um tango, um reggae
Sozinho ou mal acompanhado
A esperança é como uma mesa bem posta
Esperando para que alguém venha para
Saciar a sua sede e a sua fome
E que pague com uma nova esperança
De que isso se repita para todos no planeta
E que uns não sejam alimentos do outro
Como nessa imensa cadeia alimentar
Onde prevalece a dita má distribuição de renda
E a lei do mais forte
Em memória de um amigo
Jorge Uehara (20/04/44 – 10/11/02)
Em abril passado, se estivesse vivo, meu querido amigo estaria completando 75 anos. Ele trabalhou comigo no Dieese e era responsável pela área de processamento de dados. Lá, em 1993, ele coordenou uma nova pesquisa de orçamentos familiares com o objetivo de calcular o peso que os produtos tinham no orçamento familiar. Trabalhou também no centro de processamento de dados da Faculdade de Economia da USP, onde se formou em 1976. Foi uma das cabeças mais privilegiadas que conheci, além de ter enorme sensibilidade política e social. Saudades!
Rio 2
Triverso, reverso
Tergiversar, tergiversei
E da manhã para tarde encontrei
O mote da canção que se anunciou
Na noite, quando sonhava acordado
Tergiversar, tergiversei
E no embalo que segue a dor borrei
Mais um verso bruto de quem amou
Uma mulher e foi por ela abandonado
Tergiversar, tergiversei
E pela terceira vez, num lapso, abandonei
A idéia do que ia escrever e tudo acabou
Sendo levado pela emoção do momento dado
Valdir Sarubbi: Este rio é minha rua e Antiguos dueños de las flechas
Valdir Evandro Sarubbi de Medeiros (Bragança, Pará, 1939 – São Paulo, São Paulo, 2000). Pintor, desenhista, gravador, artista visual, professor. Em 1962, gradua-se em direito, e, entre 1969 e 1970, freqüenta faculdade de arquitetura, ambas em Belém. Em 1971, muda-se para São Paulo. Em seus trabalhos, aparecem aspectos culturais da Amazônia e da paisagem da região. No início da década de 1970, desenvolve a série Meditação Labiríntica, composta por desenhos que formam labirintos coloridos, semelhantes ao estilo da cerâmica marajoara. Esses labirintos, posteriormente, transformam-se em rios vistos de cima, que passam a ser uma temática constante em sua obra. Realiza trabalhos com base em fotografias aéreas da selva amazônica, e na série Memoriae, apresenta obras abstratas relacionadas à representação do rio. Em 1986, desenvolve o Projeto Arte e Educação, como artista residente na Universidade Estadual de Campinas – Unicamp. Em 1990, realiza um painel da série Meditação Labiríntica, na Estação Barra Funda do Metrô de São Paulo, e, em 1993, monta no Deutsche Welle, em Colônia, Alemanha, a instalação Xumucuís, composta por bastões que produzem ruídos ligados à sonoridade da água.
Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural
(https://enciclopedia.itaucultural.org.br)
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Signos em cores
Como em um amor antigo
Dos tempos de antanho
Até os do hoje em dia
A palavra amor invade
Os quatro cantos da tela.
É apregoado com vigor
– Como num comercial –
Mostrado em seu real valor
Para quem quiser comprar.
O amor pode ser inteiro
Ou em pedaços, fracionado,
Mas tem que ser puro,
Genuíno produto do coração.
Ou n”Uma espécie de canção”
Do imortal americano Williams,
Amor é a minha flor saxífraga,
Que fende as rochas, no compor.