O que virá desse iniciar?
A aridez de uma folha branca
Um começo de semana a mais
A rua que se inicia na curva
Encharcam minha imaginação
O que virá desse desconhecido?
Uma bela literatura?
Um produtivo trabalho?
Um caminho reto e certo?
Só saberemos se enfrentarmos
Mais esse desafio na vida
Só colheremos os frutos se plantarmos
Letras, labuta e estradas…
Igreja de Santa Maria do Olival
A Igreja de Santa Maria do Olival, localiza-se na margem esquerda do rio Nabão, na cidade de Tomar, Portugal. Erguida no século XII, foi a sede da Ordem dos Templários no país, tendo servido como panteão dos mestres da Ordem. Lá foi onde os primeiros Templários foram enterrados.
Fotos: Edna Matosinho de Pontes
Formas
País imaginário
País da Pércia, capital Saratoga
Esse mundo imaginário povoou a minha infância
Tinha um alfabeto próprio, todo secreto
E mapas com a sua geografia
Estabeleci meus limites pela cidade de Ourinhos
E montei exércitos e bandeiras
Minha brincadeira favorita era imaginar batalhas
Guerras era o que não faltava
Seja no quintal de minha tia ou nos papéis que desenhava
Fazia armas de brinquedo para as batalhas
E me vestia de super-herói com tecido de guarda-chuva preto
Construía sedes de governo, chamados clubinho
E fazia perfumes com flores cozidas na água
Adorava subir em árvores, principalmente goiabeiras
E fazer ultra-secretos mapas do tesouro
Com mares e países rodeados de monstros
Depois enterrava o baú no quintal
Uma vez pintei uma tartaruga
Outra vez operei uma lagartixa
Tinha cachorro, galinha e passarinho
Vivia mais no quintal que em casa
Bem longe dos livros e dos deveres
Isso foi minha infância
Homenageei namoradas e amigos
Em minha escrita secreta
Um deles hoje é deputado
Outro trabalha em banco oficial e tem filhos
Foi um tempo de muita criação e de busca:
De felicidade e de aventura
Adolfo Caboclo: Zicartola e O conselho de Baco
“Filho de mãe cearense e pai baiano, Adolfo Martins Jr. nasceu em março de 1986 no coração da cidade de São Paulo, no Hospital 9 de Julho, e passou boa parte da vida entre a capital paulista e a fluminense. Pela potência do afeto pelos avós paternos – a mineira Serafina e o paranaense Aparecido Martins Caboclo -, resolveu adotar o último nome do avô, ficando Adolfo Caboclo.
O artista sempre buscou experimentar narrativas das mais variadas formas. Nos tempos de escola, por meio do teatro e do coral. No passado, atuou com publicidades em horário comercial, enquanto nas noites livres mergulhava no mundo do circo dando vida ao seu alter ego, o palhaço Tapioca.
Adolfo Caboclo tem especialização em Crítica e Curadoria de Arte na PUC-SP e, hoje, desenvolve seus quadros, objetos e instalações no Ateliê da Rua Nilo, em São Paulo.”
Por Fernanda Miranda
Contatos:
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arte@adolfocaboclo.com
Cel.: (11) 9 4176-2266
www.adolfocaboclo.com
Nós no Rio
Azuli
Enquanto caminhamos…
Nisso vimos passar
Pelotões de desempregados
Em busca do nojo perdido
Entre gavetas burocráticas
Ou moças donzelas
Militares entre outros civis
Civis entre outros
E uma criancinha pelada
Ready-mades de Marcel Duchamp: Roda de bicicleta, Fonte e Hat rack
Ready-made é um termo é criado pelo pintor, escultor e poeta francês, cidadão dos Estados Unidos a partir de 1955, Marcel Duchamp (1887-1968) para designar um tipo de objeto, por ele inventado, que consiste em um ou mais artigos de uso cotidiano, produzidos em massa, selecionados sem critérios estéticos e expostos como obras de arte em espaços especializados (museus e galerias). Seu primeiro ready-made, de 1912, é uma roda de bicicleta montada sobre um banquinho. Posteriormente, expõe um escorredor de garrafas e, em seguida, um urinol invertido, assinado por R. Mutt, a que dá o título de Fonte, 1917. Os ready-mades de Duchamp constituem manifestação cabal de certo espírito que caracteriza o dadaísmo. Ao transformar qualquer objeto em obra de arte, o artista realiza uma crítica radical ao sistema da arte.