MMC Zero: Drawing

Marcelo Maria de Castro dedica integralmente seu tempo as artes plásticas, como pintor, desenhista, gravurista e professor.

Castro tem um estilo intenso, subjetivo e surpreendente. Retrata a figura humana em obras contemporâneas caracterizadas pela harmônica efusão de cores fortes e contrastantes. Com caráter narrativo e autobiográfico sugere interpretações expressionistas da realidade tratando a forma pelo gesto combinadas com pinceladas fortes e rítmicas. Com formação heterodoxa nos últimos cinco anos, o desenvolvimento do seu pensamento pictórico incluiu a utilização de técnicas mistas sobre tela, madeira, painéis e murais. Em seu atelier, localizado no Panamby, em São Paulo.

Marcelo Maria de Castro tem experiência como artista e professor para públicos diversificados – incluindo desenho arquitetônico e ensino de artes visuais. Integra o quadro de professores na Escola Panamericana de Arte e Design.

Seu portfólio já foi apresentado em exposições individuais e coletivas no Brasil e no Exterior. Procura atualizar constantemente seu repertório em viagens artísticas por galerias, museus e ateliers de artistas no Brasil, Europa e América do Norte. As obras de Cézanne, André Derain, Richard Diebenkorn atuam como fonte de inspiração e referências importantes. Faz questão de dialogar e interagir com artistas renomados tais como Judith Lauand, Paulo Pasta, Dale Nally, Fernando Leitão, Enrique Lipszyc, Claudio Tozzi, Ingris Speltri, Dimitrov Blaigov, Giovanni Bagnoli, Claudio Cretti e Luiz Paulo Baravelli – com quem trabalhou durante 3 anos.

Contatos:
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WhatsApp: (11) 9 8107-7227

Exposição “A arte do povo brasileiro”

Pé Palito Antiquário & Arte e Galeria Pontes convidam para a exposição “A arte do povo brasileiro”
Abertura: 18 de setembro, quarta-feira, às 19 horas
Curadoria: Bené Fonteles e Edna Matosinho de Pontes
Local: Pé Palito Antiquário & Arte
SHIN CA 4 – Shopping Iguatemi, Loja 143 – Lago Norte
Brasília – DF
CEP: 71503-504
Entrada franca

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Só lembro que sonhei

Só lembro que sonhei
O cenário era a casa de meu psicanalista
Prédio antigo, elevador idem
Pé direito alto e decoração alternativa

Ar um tanto zen budista com quadros na parede
E móveis nem modernos, nem rústicos
O apartamento era pequeno, funcional
A cozinha era junto com a sala e a pia gasta pelo uso

Conversamos e ele me mostrou a caixa de areia
Onde, segundo ele, Jung fazia exercícios para relaxar
De um momento de melancolia e tristeza
A caixa era grande e metido dentro dela ele mostrava-me como usá-la

Ele me dizia que para se reequilibrar é necessário acariciar
A areia e formar desenhos com as mãos
Sentir a sua textura e deixar a areia escorrer por entre os dedos
Nunca brincar de construir castelos de areia!

Depois vi uma montanha no centro da sala que imaginei ser de areia
Ele disse para me virar e olhar de frente
Era uma estátua de cimento representando uma figura gorda
Apresentada numa posição como se estivesse meditando

Pareceu-me o Buda em sua posição clássica
Depois apareceu outra visita e tiveram que sair
Fiquei só e rumei ao elevador de serviço, mais moderno
Como esse não vinha, dirigi-me para o social

Abri a porta e não tinha nada a não ser um fosso
Voltei e esperei o outro elevador
Sai do prédio e dei num imenso calçadão
Como encontramos no litoral

No caminho do carro inicialmente fiquei perdido
Vi um mendigo e fugi de sua figura maltrapilha e suja
Encontrei logo em frente um homem e seu cachorro
Ele era feroz e atacava todo mundo que passava

Resolvi, então, enfrentar o cão
Me dirigi em direção a ele e segurei a sua boca
Imobilizei-a e golpeei a sua garganta
Ele fugiu gritando e eu segui caminho

Recompus-me daquele estado de falta de rumo
Virei a esquina onde encontrei meu carro esperando por mim
Entrei nele, dei partida e segui em frente
Voltei para casa dirigindo calmamente pelas ruas desta cidade

14/Set/2000.

Aécio Júnior: Artista naïf

“Aécio: Inquietação constante

Há artistas plásticos que passam pelo mundo e deixam quadros inesquecíveis; outros colecionam lembranças que os tornam depósitos vivos da cultura nacional e nem sempre são aproveitados, muitas vezes partindo sem registrar essas lembranças. Poucos conseguem conciliar trabalhos de qualidade com muita história para contar.

Aécio de Andrade, que assina seus quadros como Aecio, reúne essas duas qualidades. Em primeiro lugar, desenvolve, desde seus quadros iniciais, uma obra coerente, inclusive com transformações no estilo de pintar e na forma de apresentar as suas figuras.

Além disso, ele tem uma trajetória marcada pelo convívio e conhecimento com artistas de primeira linha. A soma entre seu próprio trabalho e a visão que adquiriu da arte ao longo do tempo lhe permitiu aperfeiçoar um olho clínico que merecia ser mais valorizado para avaliar a produção contemporânea do gênero chamado naïf.

Nascido em São Paulo, em 1935, filho de decorador, ele sempre pensou em ser artista plástico. Como não tinha formação escolar que lhe permitisse freqüentar o ensino superior, embora pintasse desde os 14 anos, foi na Associação Paulista de Belas Artes que buscou não só informações técnicas, pois sequer sabia que ele era um autodidata, mas um local onde pudesse conhecer e conversar com artistas.

Na Associação, teve contato com pessoas como Mario Zanini e Flavio de Carvalho. Do primeiro, ouviu pela primeira vez que era um primitivista, ou seja, um artista que havia trilhado sozinho a sua relação com a técnica e que precisava seguir essa jornada que começara a desvendar. No segundo, encontrou um artista visceral, que amava o desenho.

Com cenas de carnaval, do pelourinho, na Bahia, e de colheitas, inspiradas no período em que morou no interior, próximo a Araraquara, interior do Estado de São Paulo, foi elaborando a sua carreira, embora a primeira avaliação profissional que tenha recebido de sua obra foi a do crítico de arte Jos Luyten, que, em função dos quadros que fazia sobre cenas urbanas, com trabalhadores, o chamou de o “pintor do cotidiano paulista”.

É na composição de cores que está a sua mais destacada característica. Suas obras geralmente se valem de áreas cromáticas para estabelecer um mecanismo dinâmico que torna as suas telas um rico exercício para o olhar no desvendar as linhas de força que cada obra apresenta.

Suas telas mais recentes voltam-se para pássaros fantásticos num cenário amazônico. Essas aves estão repletas de movimentos e de curvas, constituindo ondas que preenchem o espaço e encantam pelas suas cores. Quanto mais exploradas forem, podem trazer novos elementos para o artista desenvolver o seu talento.

Aécio precisa dar vazão a seu impulso criativo. Isso lhe permite estar sempre pronto a surpreender, apresentando obras em que o pássaro da imaginação e da liberdade ganhe cada vez asas mais fortes e amplas, que permitam ao artista sempre ter em mente a possibilidade de enfrentar e vencer um novo desafio visual.”

Oscar D’Ambrosio – Autor de diversos livros na área de arte naïf e arte contemporânea

Contatos:
ajursp@hotmail.com
Celular: (11) 9 7415-2050

Sofia

Sonhei que
Sofria por você
Sofia
Sofia Sofia
Repetia seu nome
Na madrugada
Fria
No sonho
Mentia
Repetia
Sofia te amo
Te quero
Mentia?
Ela não queria
Saber do que
Dizia
Sofria
Por ela
E por sua
Ironia
No sonho
Mentia
Sentia
Na pele
Ardia ardia
De fogo
Tudo por ti
Sofia
E nada de ti
Sofria
Sentia
Esfria