Endy Santana: A arte de um publicitário paulistano

Nascido em São Paulo, começou ainda jovem a trabalhar em um estúdio como desenhista. Em seguida, atuou em agências de publicidade como diretor de arte, experiência que o levou a conhecer em profundidade as artes gráficas. Como artista plástico, um dos temas que aborda é a espiritualidade, onde reúne elementos da Arte Sacra, Arte Bizantina, Arte Japonesa, Pop Art, Street Art e Artes Gráficas.

Contatos:
santana.endy@gmail.com
https://endysantanaarte.wixsite.com/sacra

Onde você estava

Onde você estava que não te encontrava. Talvez sempre esteve aqui nas flores que deixei de cheirar. Na brisa que deixei de sentir. No sol que deixei de me aquecer. Na água que não me lavei. Na comida que deixei de me alimentar. Agora estou mais atenta. E quando se camuflar te perceberei.  Mais se eu perceber que não queres que te perceba fique tranquilo que não te perturbarei mais.

Luiza Matosinho – Pedagoga formada pela PUC-SP em 2007 e professora na educação infantil da Faces Ensino Bilíngue.

Cia. Pequenos Grandes Atores: Convite para fazer parte do elenco

Olha aí a chance de fazer parte do grupo de teatro mais legal de SP!! Estamos abrindo algumas vagas. Esse ano vai ter Mostra com todas as peças do nosso repertório e um texto inédito! Venha fazer uma aula aberta. Informações por DM ou pelo e-mail danielli.guerreiro@gmail.com 🎭🍀.”

#teatro #pequenosgrandesatores #auladeteatro #cursodeteatro

Leia mais: www.instagram.com/pequenosgrandesatores

Ferenckiss: Novas Pinturas

“Quando se visualiza a obra deste artista, vem-nos de imediato à mente uma dicotomia pictórica intrínseca a dois universos díspares. Em um patamar, o traço onírico de seus desenhos e gravuras, coesos em uma dinâmica surrealista do artista. Em outro, que nesta retrospectiva são apresentados, denota-se a coloração quente e tropical de suas pinceladas ou de seus pastéis, reproduzindo iconograficamente o litoral brasileiro.
Depreende-se sua integração à natureza deste país, por ele adotado, e sua necessidade de conviver com a natureza e os céus azuis das suas telas, intermeados das nuvens brancas, quando se fundem com seus mares, calmos ou revoltos, tornam-se as verdadeiras molduras do epicentro desta temática constante: pequenas cidades ou pacatas vilas do litoral sudeste brasileiro.
São plataformas irreconciliáveis no mundo da pintura, mas que se complementam no mundo particular do artista, fundindo a sua obra com o seu autor, eclodindo em um momento importante, marcante para as artes plásticas no Brasil.”

Fabio Porchat – Presidente da Academia Latino-Americana de Arte

Contatos:
www.facebook.com/ferenc.kiss.9256
arte.atelier@hotmail.com
Fone: (11) 3222-6141 ou 3362-2812
https://ferenckiss.blogspot.com

Vida Menor

A fuga do real,
ainda mais longe a fuga do feérico,
mais longe de tudo, a fuga de si mesmo,
a fuga da fuga, o exílio
sem água e palavra, a perda
voluntária de amor e memória,
o eco
já não correspondendo ao apelo, e este fundindo-se,
a mão tornando-se enorme e desaparecendo desfigurada, todos os gestos afinal impossíveis,
senão inúteis,
a desnecessidade do canto, a limpeza
da cor, nem braço a mover-se nem unha crescendo. Não a morte, contudo.
Mas a vida: captada em sua forma irredutível,
já sem ornato ou comentário melódico,
vida a que aspiramos como paz no cansaço
(não a morte),
vida mínima, essencial; um início; um sono;
menos que terra, sem calor; sem ciência nem ironia;
o que se possa desejar de menos cruel: vida
em que o ar, não respirado, mas me envolva;
nenhum gasto de tecidos; ausência deles;
confusão entre manhã e tarde, já sem dor,
porque o tempo não mais se divide em seções; o tempo elidido, domado.
Não o morto nem o eterno ou o divino,
apenas o vivo, o pequenino, calado, indiferente
e solitário vivo.
Isso eu procuro.

De “A Rosa do Povo” – Carlos Drummond de Andrade (Itabira, Minas Gerais, 31 de outubro de 1902 — Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987).

Poema enviado pelo amigo Edney Cielici Dias, poeta e autor do livro “Cartas da alteridade”.

O fazedor de amanhecer

Sou leso em tratagens com máquina.
Tenho desapetite para inventar coisas prestáveis.
Em toda a minha vida só engenhei
3 máquinas
Como sejam:
Uma pequena manivela para pegar no sono.
Um fazedor de amanhecer
para usamentos de poetas
E um platinado de mandioca para o
fordeco de meu irmão.
Cheguei de ganhar um prêmio das indústrias
automobilísticas pelo Platinado de Mandioca.
Fui aclamado de idiota pela maioria
das autoridades na entrega do prêmio.
Pelo que fiquei um tanto soberbo.
E a glória entronizou-se para sempre
em minha existência.

Manoel de Barros (Cuiabá, Mato Grosso, 19 de dezembro de 1916 – Campo Grande, Mato Grosso do Sul, 13 de novembro de 2014)