II
Risco à régua
um ritmo reto
retém o rumo
rude da pedra
milimetrado voo
via viaduto vão
respira a planta
trevo sem trégua
calado cálculo
concreto decalca
as ruas na cal
calçadas: calmas
avenidas claras
avançam: vazias
janelas vidradas
fachadas frágeis
pilotis plantados
cubos de granito
blocos de cimento
fixos: edifícios
iluminados traços
de alumínio: vivos
veículos vestidos
de ferros e vidros
gestos e linhas
vínculos e vigas
faixas e listras
cinética imagem
cidade.
Armando Freitas Filho (Rio de Janeiro, 1940), In “Dual” (1966). Tirado da internet em um site que apresenta uma seleção de cinco poemas dele com curadoria de Luís Araujo Pereira